Em 5 de agosto de 1954, Carlos Lacerda (jornalista e candidato a deputado federal) sofreu um atentado no Rio de janeiro a mando de Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do então presidente Getúlio Vargas.
Os desdobramentos dessa tentativa de assassinado a uma das personalidades mais importantes e influentes do Brasil no século XX, todos conhecemos. A pressão política (exercida pela UDN) e também a dos militares (pela morte no atentado do oficial Rubens Vaz) levaram a suicídio de Getúlio em 24 de agosto daquele mesmo ano.
Mas qual a relação desse fato com o atentado ao presidenciável , líder nas pesquisa, Jair Bolsonaro?
A facada em Bolsonaro não parecer ser um ato isolado praticado ao arrepio da sanidade por um cidadão qualquer. Cheira complô, conluio. Precisa ser sumariamente investigado, solucionado e os mandantes e executores punidos
São casos tipificados, planejados e executados por pessoas com ligações políticas contrarias a ambos candidatos, pessoas “democratas e cidadãos de bem” que defendiam uma “democracia” plena, que lutavam por “direitos” de “minorias”, por igualdades e pelo progresso do país.
A luta não é em defesa de direitos, por igualdades ou progresso. A luta é pelo poder, dinheiro, fama, corrupção e destruição do patrimônio brasileiro. Quando você se dispõe a encarar um sistema político corrupto, você se torna alvo de uma caça carnívora capaz de destruir você e sua família.
O mundo assistiu o acontecido com Jair Bolsonaro em 2018, porém em 1954 não tínhamos a mesma tecnologia, não conseguíamos acompanhar os eventos da época em tempo real. O Carlos Lacerda sofreu um atentado semelhante por se opor a política de vargas, o mandante foi Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Vargas.
Há quem diga que nem atentado houve. Que houve encenação do candidato. Que as entrevistas dos 10 médicos que participaram das 4h de cirurgia são mentirosas. Que o candidato deitado num leito de UTI e gravando vídeo é estratégia de marketing. Esses argumentos dispensam ser rebatidos. Tem hora que o mal caratismo deve ser combatido pelo silêncio.
A facada vai entrar pra história. Consequências virão. Não como as de 54, claro. Mas os desdobramentos políticos desse ato (ao meu ver coordenado por alguns) são cenas de um próximo, e bem breve, capítulo.