Estamos há 10 dias das eleições presidenciais no país e precisamos entender cada vez mais como que funciona um processo eleitoral por inteiro. As leis eleitorais vivem em constante mudança e muitos planos idealizado pelos partidos políticos surgem a cada momento. A ideia desses é a perpetuação do poder e o inchaço da máquina pública.
Uma das mais novas idealizações dos partidos PT e Psol é a criação da “CANDIDATURA COLETIVA”. A ideia principal é que pequenos grupos de pessoas se unam e registrem uma candidatura, se o candidato vencer, ele pode eleger três, quatro ou até cinco pessoas para assumirem o mandato parlamentar.
Na prática, só haverá um candidato “oficial”: um dos integrantes do grupo se registra, com base nos mesmos critérios de todos os outros postulantes, e é a foto dele que aparecerá nas urnas. A diferença é que ele se identificará como “mandato coletivo”, “candidatura coletiva” ou algo parecido.
Mesmo sem ter segurança jurídica para tal, o Superior Tribunal Eleitoral deferiu o registro de 9 candidaturas neste modelo em três estados diferentes, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Neste caso, como a lei não prevê “ainda” esse tipo de candidatura, apenas uma pessoa registrou candidatura, se ganhar assumirá o cargo sozinha, porém dividirá as funções e o salário com os outros integrantes do grupo.
Um fato interessante é que enquanto a população brasileira vai as ruas e pede a redução na quantidade de cadeiras parlamentares a fim de reduzir os custos que os políticos do Brasil trazem a nação com uma ineficiência sem igual, os partidos de esquerdas mais atuantes agem de forma peculiar como de costume. Eles se unem para criar mecanismos inconstitucionais para a perpetuação dos partidos no poder, assim elevando ainda mais os custos ao bolso do contribuinte nacional.
Esse novo modelo que começa a vigorá mesmo que sem forças, pode institucionalizar ainda mais a corrupção no nosso país, de que forma? Hoje apenas um parlamentar assume uma cadeira câmara e mesmo assim os casos de corrupção parece não ter mais fim. Agora vamos dividir esses casos por quatro, a probabilidade de aumentar é para maior ou menor? Será que eles estão ali pensando no bem comum de todos ou apenas das instituições partidárias que eles representam?
Sabemos que existem os “pais da corrupção” neste país, aqueles líderes partidários que são praticamente intocáveis ou capazes de liderar partidos de dentro das prisões. O que impedem de colocar “laranjas na linha de frente” para disputar eleições com esse novo modelo, usando-os assim para continuar o trabalho que antes era feito por tesoureiros de partidos, presidentes e até mesmo assessores?
É um mecanismo que ganhará forças dentro dos partidos de esquerda e algo que precisa ser analisado com muita frieza. Não é um simples mandato, trata-se de uma proposta para o inchaço da máquina pública que pode trazer junto outros atenuantes para a institucionalização dos casos de corrupção no país. O eleitor brasileiro precisa muito ficar esperto para não serem pegos de surpresa.
Fonte: Correio Brasilienze
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2018/09/27/interna_politica,708519/justica-eleitoral-permite-o-registro-de-9-candidaturas-coletivas-ente.shtml