Em um discurso nas redes sociais, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL)surpreendeu ao mostrar um livro de um dos mais conhecidos políticos da história, o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill.
Ao mostrar o livro Memórias da Segunda Guerra (Ed. Nova Fronteira), Bolsonaro falou: “O que eu mais quero é seguir ensinamentos de Deus ao lado da Constituição brasileira, inspirando-me em grandes líderes, com boa assessoria, técnica e profissional ao seu lado, isenta de indicações políticas de praxe.”
Segundo a editora Nova Fronteira, o livro mostrado por Bolsonaro foi escrito em 1948. Nele, “Churchill mostra como a Segunda Guerra poderia ter sido evitada, não poupando de críticas severas seu país nem seu próprio Partido Conservador, no poder quando Hitler botava os coturnos de fora.”
Mas por que Churchill é tão importante e tão lembrado por representantes de todos os espectros políticos? Ciro Gomes (PDT), por exemplo, também citou o ex-primeiro ministro britânico durante o primeiro turno.
Churchill foi primeiro ministro do Reino Unido entre 1940 e 1945, período mais severo da Segunda Guerra Mundial. Ele retornou ao cargo em 1951, permanecendo até 1955.
Ele ficou notadamente famoso por ter liderado com sucesso a resistência britânica durante o conflito. Sua fama também vem de discursos inspiradores e de sua recusa em ceder aos inimigos.
Muitos o consideram como o maior britânico de todos os tempos e, certamente, o primeiro-ministro mais famoso.
Churchill nasceu em 1874. Ele foi eleito para o Parlamento em 1900. Antes disso, ele havia atuado no Exército e também como correspondente de guerra.
Em 1889, ele viajou à África do Sul para trabalhar como repórter no conflito conhecido como Guerra dos Bôeres. Ele foi capturado e feito prisioneiro de guerra, mas conseguiu fugir – o episódio ficou famoso no Reino Unido.
Lutando contra os nazistas
Antes do início da Segunda Guerra, em 1939, Churchill havia avisado o país sobre o perigo da ascensão nazista de Adolf Hitler.
Ele se tornou primeiro-ministro em 1940 depois da renúncia do então líder do governo Neville Chamberlain.
A recusa de Churchill em se render à Alemanha nazista inspirou o Reino Unido. Um dos episódios mais marcantes ocorreu em Dunquerque, em junho de 1940. Na batalha, mais de 300 mil soldados britânicos e franceses, então encurralados pelos alemães, conseguiram deixar o local pelo mar.
Churchill perdeu o poder em 1945, depois do final da guerra. Ele voltou ao cargo seis anos depois – renunciou em 1955.
O líder britânico morreu em 24 de janeiro de 1965. Recebeu um funeral de chefe de Estado, com honrarias que apenas reis e rainhas recebem no Reino Unido.