O jovem estudante universitário de medicina hoje no Brasil passa de 8 à 10 anos estudando para se formar em uma de várias especialidades da medicina. “Alguns” (poucos) conseguem notas para entrar numa universidade federal e dar continuidade aos seus sonhos de se formar em medicina e exercer a profissão, são muitos anos de estudo e capacitação profissional para exercer uma medicina de qualidade.
Jovens que não conseguem entrar numa faculdade pública para estudar medicina, não desistem de seus sonhos e partem para uma faculdade privada. Ai começa um dilema que poucos brasileiros conhecem, visto que os índices de analfabetismo no país ainda é fora do comum para compreender um assunto tão complexo, como este caso do “Programa Mais Médicos”.
Hoje na atualmente no nosso país, os jovens de classes “baixa e média” (Classe D, C e B) não conseguem pagar uma mensalidade de um dos cursos mais concorridos e o mais caro do país. Segundo pesquisas que realizamos, em média, uma mensalidade deste curso no Brasil hoje varia de R$ 3.200,00 reais à R$ 9.000,00 reais dependendo da faculdade e da região do país.
Confira:
(https://www.mundovestibular.com.br/articles/16343/1/Quanto-custa-estudar-Medicina/Paacutegina1.html)
Alguns questionamentos surgem nestes momentos e ficamos à pensar. Porque as Universidades Federais não recebem investimentos do Governo Federal para suportar à procura por vagas nos cursos de medicina no país? Porque não se investe mais em Universidades Federais, para que estas possam abrigar alunos de todas as classes sociais? Visto que, hoje as universidades federais tem um maior índice de adesão de alunos vindos de escolas particulares onde o ensino tem uma melhor qualidade se comparado com o ensino público.
Bem, como vimos, os custos para manter um curso de Medicina no país hoje é altíssimo. Citamos aqui os custos primários (apenas a mensalidade), porém sabemos que existe outros custos que os alunos tem que manter para prosseguir com o curso em andamento.
Vimos recentemente que o governo brasileiro pagava por meio de um contrato aos Médicos cubanos um valor de R$ 11.865,60 reais. Pois bem, analisando os custos de manter um curso de Medicina no país, levando em conta que o mesmo dura em média de 8 à 10 anos, com mensalidades que variam nos preços dependendo da região e de universidades, será que a classe Médica no país hoje é valorizada?
Confira:
(https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/11/entenda-como-funciona-o-mais-medicos-e-por-que-cuba-decidiu-deixar-o-programa.shtml)
Sabemos que todos estes custos são investimentos e ninguém investe pesado em si para ir ao mercado de trabalho ganhando bem menos do que os investimentos feitos. Ainda mais em um país onde as universidades privadas lucram muito com os alunos que advém da rede pública de ensino, por falta de oportunidades na universidades federais, onde diferença na qualidade do ensino público e privado pesa na hora dos processos seletivos.
O Governo precisa investir mais no país para qualificar sua mão de obra. Somos um país com 208 milhões de habitantes e deixamos de investir aqui na nossa medicina para investirmos na Medicina em Cuba, com qual finalidade? Se os R$ 7,1 bilhões pagos ao governo Cubano durante esses 5 anos do “Mais Médicos” investidos aqui nos nossos cursos de medicina, geraria mais empregos, renda, qualificação e satisfação do nosso povo. Agora ficamos “prejudicados” por que o governo cubano não aceita as mudanças que serão feitas pelo próximo governo? Vamos pensar um pouco mais!
Confira:
(https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2018/11/15/contrato-do-mais-medicos-com-cuba-ja-custou-r-71-bilhoes-ao-brasil.htm)
Por, Wilson Lima.