A Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central sindical do país e apoiadora incondicional do Partido dos Trabalhadores (PT), está em crise. Sem o dinheiro tomado a força dos trabalhadores por meio do imposto sindical, os sindicalistas estão tendo que fazer o que mais temiam: pagar de gastar o dinheiro alheio.
Para obter dinheiro, a entidade sairá do prédio próprio no bairro do Brás, em São Paulo, sua sede há 23 anos, para se mudar para um prédio no centro antigo da cidade. No fim de julho, a Executiva da CUT aprovou a venda do local. Avaliado em R$ 40 milhões, o imóvel com sete andares está sendo negociado com a Igreja Mundial do Poder de Deus, que ocupa um quarteirão inteiro do outro lado da rua.
A reforma trabalhista que acabou com a mamata sindical atingiu em cheio a CUT. Entre janeiro a agosto de 2017, antes da reforma trabalhista, a CUT recebeu R$ 54 milhões do imposto sindical. No mesmo período deste ano, a entidade recebeu R$ 2,5 milhões, uma queda de 95%. Como resultado, a central sindical lançou um Plano de Desligamento Incentivado que demitiu 65 pessoas, cerca de 45% dos sindicalistas.
A CUT estuda até ter patrocínios no seu website. “Acabou o recurso, você precisa se adaptar, não tem jeito”, afirmou o presidente da central sindical, Vagner Freitas. É a nova era.
Com informações da Época