Ex-presidente Lula
Preste a completar 40 anos de uma das entrevistas mais polemicas do Brasil dada por Luís Inicio Lula da Silva, iremos relembrar os trechos “polêmicos” da mesma, concedida a Revista Playboy, edição 48 de 1979.
Na entrevista dada a revista playboy, nomes ditadores sanguinários que foram capazes de dizimar milhões de pessoas do mundo através de suas ideologias, foram soados como “orgulho e admiração” pelo ex-presidente Lula, nomes como o “Guerrilheiro Che Guevara“, o Ditador “Mao Tse-Tung” um dos mais sanguinários que o mundo já viu, o ditador alemão e o mais famoso de todos, o qual usava câmaras de gás para fazer massacre em “massa”, “Adolf Hitler” este por sua vez foi capaz de matar 6 milhões de judeus conforme conta a história. Lula ainda citou o seu padrinho e amigo pessoal “Fidel Castro“, amigos de longas datas e de guerrilhas. Um outro nome pouco conhecido de muitos foi o do ditador do Irã “Ruhollah Khomeini“, líder religioso que usava a sua religião para espalhar sangue pelo mundo.
Estes eram e são os “heróis, a inspiração e o exemplo” de pessoas que o ex-presidente do Brasil admirava por sua coragem de tomar o poder e exercer sua tirania em cima do seu próprio povo.
(…)Playboy – Há alguma figura de renome que tenha inspirado você? Alguém de agora ou do passado?
Lula [pensa um pouco]- Há algumas figuras que eu admiro muito, sem contar o nosso Tiradentes e outros que fizeram muito pela independência do Brasil (…). Um cara que me emociona muito é o Gandhi (…). Outro que eu admiro muito é o Che Guevara, que se dedicou inteiramente à sua causa. Essa dedicação é que me faz admirar um homem.
Playboy – A ação e a ideologia?
Lula – Não está em jogo a ideologia, o que ele pensava, mas a atitude, a dedicação. Se todo mundo desse um pouco de si como eles, as coisas não andariam como andam no mundo. (…)
Playboy – Alguém mais que você admira?
Lula [pausa, olhando as paredes] – O Mao Tse-Tung também lutou por aquilo que achava certo, lutou para transformar alguma coisa.
Playboy – Diga mais…
Lula – Por exemplo… O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer.
Playboy – Quer dizer que você admira o Adolfo?
Lula – [enfático] Não, não. O que eu admiro é a disposição, a força, a dedicação. É diferente de admirar as idéias dele, a ideologia dele.
Playboy – E entre os vivos?
Lula [pensando] – O Fidel Castro, que também se dedicou a uma causa e lutou contra tudo.
Playboy – Mais.
Lula – Khomeini. Eu não conheço muito a coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do Xá foi um negócio sério.
Playboy – As pessoas que você disse que admira derrubaram ou ajudaram a derrubar governos. Mera coincidência?
Lula [rápido] – Não, não é mera coincidência, não. É que todos eles estavam ao lado dos menos favorecidos.
Playboy – No novo Irã, já foram mortas centenas de pessoas. Isso não abala a sua admiração pelo Khomeini?
Lula – É um grande erro… (…) Ninguém pode ter a pretensão de governar sem oposição. E ninguém tem o direito de matar ninguém. Nós precisamos aprender a conviver com quem é contra a gene, com quem quer derrubar a gente. (…) É preciso fazer alguma coisa para ganhar mais adeptos, não se preocupar com a minoria descontente, mas se importar com a maioria dos contentes.
A referência a Hitler se presta a uma ironia sinistra: “O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer”. Sem dúvida, o homem era o senhor do fogo…
Lula mudou? Digamos que alguns facínoras foram acrescentados à sua galeria: Ahmadinejad, Khadafi, Omar Hassan Ahmad al-Bashir (o genocida do Sudão)… Fidel, bem…, a múmia, rejeitada até pelo diabo, continua objeto de culto…
De todas as admirações, esta que diz pouco se importar com ideologia é, sem dúvida, a mais perigosa. Afinal, 40 anos depois daquela entrevista, indagado se não se incomodava em receber Ahmadinejad, que nega o holocausto dos judeus, promovido por Hitler – aquele que “tinha o fogo de se propor a fazer alguma coisa”, Lula respondeu:
“Muito pelo contrário. Não estou preocupado com judeus nem com árabes. Estou preocupado com a relação do estado brasileiro com o estado iraniano. Temos uma relação comercial, queremos ter uma relação política”.
O sindicalista, como se vê, era mesmo o pai do presidente.
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Links
Revista playboy de 1979
https://pt.slideshare.net/DaladierSantos/entrevista-do-lula-playboy-1979-pdf
https://pt.slideshare.net/DaladierSantos/entrevista-do-lula-playboy-1979-pdf
Revista Playboy de 1979
https://pt.scribd.com/doc/261282280/Entrevista-do-Lula-Playboy-1979-pdf