A imprensa brasileira agora passou a noticiar e questionar o Presidente Jair Bolsonaro que está participando do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), por ter almoçado sozinho em um restaurante popular de um supermercado, chegando a esnobar os trabalhadores do local chamado-os de pessoas do “baixo clero”, conforme trecho escrito pelo “Estadão“.
Até parece que o Bolsonaro cometeu um grave crime, quando optou por poupar o cartão corporativo da Presidência da República e fazer uma simples refeição em um ambiente simples e acolhedor, longe dos luxuosos pratos, gastos e despesas que as administrações anteriores.
Bolsonaro viajou para o Fórum Econômico Mundial com uma comitiva de 11 pessoas ao todo, sendo eles: Ministro Paulo Guedes da Economia, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Ainda foram juntos o Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado reeleito e filho do presidente, também está no grupo, assim como o representante permanente do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), Alexandre Parola, o presidente da Apex Brasil, Mario Vilalva, o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, e o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Castelo Branco Coelho de Souza.
Fizemos uma pesquisa para compararmos as viagens das comitivas do atual presidente do Brasil Jair Bolsonaro com a equipe da ex-presidente do país Dilma Rousseff e chegamos a conclusão: que diferença gritante.
Em 2014 Dilma Rousseff levou para Zurique (Suíça) uma comitiva com 200 pessoas. Toda comitiva ficou hospedada em Lisboa, Portugal. Dilma e sua comitiva ocuparam “30 quartos dos hotéis Ritz e Tivoli. A presidente se hospedou em uma suíte presidencial do Ritz, ao custo de 8 mil euros por dia, o equivalente a R$ 26,2 mil” equivalente na época a 36 salários mínimos. No total, toda comitiva ocupou 45 quartos do hotel.
Nessa viagem, a presidente do Brasil abriu mão de se hospedar na embaixada brasileira em Lisboa para se hospedar com sua comitiva em um dos hotéis mais caros de Portugal, o Ritz Four Seasons, inaugurado há 54 anos pelo Rei Humberto de Itália e os príncipes de Saboia.
O caso teve uma grande repercussão e houve abertura de inquérito para apurar os gastos feitos pelo governo brasileiro na época. O caso ficou sendo tratado em silêncio “como segredo de estado” e o jantar conhecido como “O jantar do Barulho“.
A imprensa brasileira está alardeando os acontecimentos ocorridos no país nos últimos dias e faz uma zorra com o fato do atual presidente ter escolhido fazer suas refeições em um local simples. Mas, essa mesma mídia sequer consegue fazer uma comparação dos gastos do governo anterior com o atual e disponibiliza para mostrar a disparidade dos gastos, preferem fazer sensacionalismo ao invés de fazer um jornalismo sério.
Muito elucidativo