Praia, cultura, história, gastronomia, cachoeiras, aventura. O Brasil tem destinos perfeitos para viagens de “bate-e-volta” neste feriado do Dia do Trabalhador. Para aproveitar a preciosa folga no meio da semana, basta escolher um lugar a cerca de 100 quilômetros do ponto de partida – ou a até duas horinhas de voo – e ‘partir para o abraço’.
Foi o que fez a jornalista Aline Tavares, 24 anos. Adepta de roteiros culturais e de natureza, a viajante, natural de Brasília, escolheu Pirenópolis (GO), a duas horas de estrada da capital da República, para descansar neste feriado. A cidade, classificada como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mantém viva em casarões e construções antigas a história de Goiás, além de ser amplamente conhecida por seu vasto cardápio de cachoeiras.
O destino da vez é o estado vizinho do DF, mas a brasiliense já fez viagens de curta duração também para o litoral paulista, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. “Meu hobby é viajar. Gosto de fugir do óbvio e conhecer lugares inusitados, que me permitam experiências inéditas. A experiência que você adquire sozinha ou acompanhada conhecendo novos lugares é imensurável”, avalia a turista.
As viagens de bate-e-volta são perfeitas para turistas e atrativos das capitais e do interior do Brasil. O Estado de Santa Catarina, por exemplo, é famoso pelo agito de praias como Florianópolis e Balneário Camboriú, mas tem destinos menos movimentados e de charme equivalente. É o caso da Praia do Rosa, que fica a cerca de uma hora e meia da capital. A serra catarinense é outra boa pedida, com paisagens formadas por florestas de araucárias, rios, cachoeiras, vales, campos de altitude e grandes cânions, além de vinícolas premiadas. As cidades de Urubici, Serra do Rio do Rastro e São Joaquim estão entre as estrelas do cenário.
Pertencente ao município de Itatiaia, no Rio de Janeiro, Penedo, a duas horas e meia de distância da capital, é considerada a principal colônia finlandesa no Brasil, o que pode ser comprovado pela cultura local e pela arquitetura das construções. Subindo para o Nordeste, a 80 km de Recife, Gravatá é um destino inusitado entre as atrações pernambucanas, tradicionalmente dominadas por roteiros de sol e praia. A cidade era, na verdade, uma fazenda que funcionava como hospedagem no meio do caminho entre Recife e cidades como Caruaru, Pesqueira e Arcoverde em meados de 1800. Hoje, abriga construções que levaram a cidade a ser chamada de Suíça Pernambucana.
Partindo de Fortaleza, Salvador ou Recife, há uma infinidade de viagens curtas para quem não dispensa os incríveis cenários “pé na areia” que o Nordeste tem de sobra. Porto de Galinhas (50 km de Recife), Tamandaré (109 km de Recife), Cabo de Santo Agostinho (37 km de Recife), Cumbuco (55 minutos do centro de Fortaleza), Imbassaí (90 km de Salvador) e Canoa Quebrada (163 km de Fortaleza) estão entre os destinos mais cobiçados.
Pequena e bucólica, a vila de Algodoal, no município de Maracanã, próximo a Belém, ainda preserva a cultura dos pescadores que começaram a habitar a ilha, construções de alvenaria típica dos ribeirinhos. Já na margem esquerda do Rio Amazonas, banhada pelo rio Gurupatuba, Monte Alegre se destaca pelo potencial arqueológico que possui com arte rupestre de mais de 10 mil anos.
A 30 minutos da capital, Embu das Artes é um dos destinos para um bate-e-volta no estado. Além das muitas lojas e feiras artesanais, há uma programação intensa de dança, teatro, música e poesia. Também entram na lista: Paranapiacaba, uma mistura de patrimônio histórico com cachoeiras e trilhas; Brotas, a cidade da aventura; São Roque, que reúne excelentes restaurantes e vinícolas; Águas de São Pedro, com estâncias e águas famosas por suas propriedades terapêuticas; e Aparecida, um dos complexos religiosos mais importantes do país para os católicos.
Na mesma linha, o Rio de Janeiro tem um belo exemplar de “Caribe brasileiro” em Arraial do Cabo, além de Cabo Frio, Angra dos Reis e Búzios, destinos ideais para quem quer investir nos roteiros de sol e praia. Também a cidade de Rio Bonito, a 80 km da capital, é perfeita para uma viagem rápida. Contornada pela Serra do Sambê, o município possui uma rampa para voo livre de asa-delta, considerada pelos amantes do esporte a segunda melhor do estado. A pista é construída em forma de leque, o que possibilita pegar os melhores ventos sudoestes favoráveis na decolagem.