Em nova etapa de investigação lideradas pelo jornal “Poder 360” e a “Revista Época”, novos indícios ocultos (não revelados) de desvios de dinheiro pela Odebrecht vem à tona. The “Bribery Division” (Divisão de Propina), uma nova investigação liderada pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), revela que a operação de fraudar licitações para obter 1 contrato era ainda maior do que a empresa assumiu perante a Justiça e envolveu personalidades proeminentes e grandes projetos de obras públicas não mencionados nos processos criminais ou outros inquéritos oficiais até hoje.
Os registros vazados revelam pagamentos secretos em toda a região, que se estendem muito além do que foi publicamente relatado, incluindo:
Termelétrica de Punta Catalina – mais de US$ 39 milhões em pagamentos secretos da Odebrecht feitos em conexão com a gigante usina termelétrica de Punta Catalina, na República Dominicana. Duas investigações oficiais sobre esse projeto, que alegaram não encontrar nenhum crime, não mencionam esses pagamentos;
Gasoduto peruano – 17 pagamentos totalizando mais de US$ 3 milhões relacionados a 1 gasoduto peruano. Entre aqueles programados para receber pagamento, estava uma empresa pertencente a 1 político peruano que, em uma gravação não relacionada e recentemente transmitida por uma estação de notícias local, deu a entender que planejava assassinar 1 adversário;
Metrô de Quito – e-mails discutindo pagamentos secretos que 1 banco de propriedade de operadores da Odebrecht fez para empresas de gaveta relacionados à construção de 1 sistema de metrô de US$ 2 bilhões na capital do Equador, Quito. Os documentos não dizem quem recebeu o dinheiro;
Metrôs de Caracas e da Cidade do Panamá – pagamentos relacionados a mais de uma dúzia de outros projetos de infraestrutura em países da região, incluindo mais de US$ 18 milhões ligados ao sistema de metrô na Cidade do Panamá e mais de US$ 34 milhões ligados à Linha 5 do sistema de metrô em Caracas, Venezuela.
Os arquivos obtidos pelo La Posta e ICIJ contêm mais de “13.000 documentos” que haviam sido armazenados por essa divisão em uma plataforma secreta de comunicações conhecida como Drousys.
O caso desses arquivos secretos começam ser debulhados hoje por meio dos Jornais “Poder 360 e Revista Época” que participaram ativamente das investigações, junto com um grupo de Jornalistas internacionais que integram o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos). O ICIJ não divulgou todos os documentos, apenas uma parte para que seus jornalistas estudassem e checassem às informações. Por mais de 4 meses, o ICIJ trabalhou em parceria com mais de 50 jornalistas em 10 países para investigar os livros contábeis da divisão de propina da Odebrecht.