EM UMA SEMANA CHEIA DE DEBATES E DIVERGÊNCIAS, O GOVERNO SAI COM DUAS VITÓRIAS NA ÁREA ECONÔMICA
A semana vinha sendo de excelentes notícias vindas da área econômica do governo Bolsonaro.
Na quinta-feira, a Medida Provisória da Liberdade Econômica foi aprovada em comissão especial, abrindo as portas para a redução da burocracia e para a dinamização do mercado brasileiro, das transportadoras ao agronegócio. É mais um fruto de um esforço brilhante do ministério de Paulo Guedes.
No dia anterior, a reforma da Previdência, ponto nevrálgico do projeto Guedes, foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, com votação robusta – 379 votos, dois a mais que os necessários para o impeachment de Dilma. Era natural que o Congresso esvaziasse em algum nível a reforma. Se, por um lado, o ideal seria que estados e municípios tivessem a consciência para realizar suas próprias reformas, todos sabem que matematicamente sua inclusão seria alvissareira, bem como a previsão de uma mudança da própria lógica do modelo.
Infelizmente, as duas questões foram retiradas do texto final. Embora o problema dos estados e municípios ainda vá voltar a ser debatido em paralelo, é lamentável, mas o tema da reforma previdenciária terá que ser retomado em futuros governos, porque o que se poderá ter conseguido ao final dessa votação será um grande desafogo, uma garantia de sobrevivência fiscal momentânea, para os próximos cinco ou dez anos.
Mesmo assim, a conquista é histórica. Com apoio popular, o que é inacreditável até hoje em muitos países, o Brasil conseguiu levar adiante uma reforma previdenciária fundamental para podermos voltar ao radar dos grandes investidores e colocar nossas contas em dia.