A taxa de desocupação no país caiu de 12,7%, no primeiro trimestre do ano, para 12%, no trimestre de abril a junho, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje pelo IBGE.
O segundo trimestre fechou com dois recordes na série histórica iniciada em 2012. A população subocupada, aquela disponível para trabalhar mais horas, atingiu a marca de 7,4 milhões de pessoas e o número de trabalhadores por conta própria aumentou 1,6% e chegou a 24,1 milhões.
Foram preenchidas mais 294 mil vagas com carteira assinada, um aumento de 0,9% na comparação com o trimestre anterior, totalizando 33,2 milhões de trabalhadores com carteira. Por outro lado, a população sem carteira chegou a 11,5 milhões de empregados, um aumento de 3,4% nessa mesma comparação.
O diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, ressalta alguns pontos positivos dos indicadores divulgados. “O número de empregados com carteira assinada nunca cresceu tanto desde o trimestre terminado em junho de 2014. É uma variação significativa”, afirma. Ele também destaca o crescimento da população ocupada, o maior na comparação anual, com aumento de 2,4 milhões de pessoas.
Os resultados positivos, segundo Cimar, são “soluços de crescimento”, ou seja, indicam pequenas recuperações após um cenário desfavorável no mercado de trabalho. “Ainda há muita informalidade e um déficit expressivo de postos de trabalho com carteira assinada”, analisa.
No segundo trimestre do ano, a subutilização atingia 28,4 milhões de pessoas, grupo que reúne os desocupados, os subocupados (disponíveis para trabalhar mais horas), os desalentados (que desistiram de buscar emprego) e uma parcela que não consegue procurar trabalho por motivos diversos. Entre essas pessoas, 12,8 milhões estavam procurando emprego e 4,9 milhões estavam desalentadas.