A Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia (Secap/ME) divulgou, nesta sexta-feira (2/8), a segunda edição da publicação Visão da Secap sobre o setor de energia. O estudo avalia a capacidade de o choque de energia barata chegar ao preço do gás de cozinha, em referência ao Novo Mercado de Gás, lançado oficialmente pelo governo no último dia 23 de julho.
O Novo Mercado de Gás prevê a quebra efetiva do monopólio da Petrobras no mercado de gás natural e a melhoria na regulação do transporte e da distribuição no país. O programa tem como principal foco a redução de custos da indústria brasileira que utiliza o gás natural tanto para a geração de energia quanto como matéria-prima para os mais diversos segmentos industriais.
No entanto, como em torno de 16% a 20% do total do gás de cozinha (GLP) têm origem no gás natural, o aumento da disponibilidade do produto tem potencial para que a redução alcance também os botijões utilizados pelas famílias.
As medidas mencionadas no estudo são: fim da diferenciação de preços do GLP e das restrições ao seu uso – política considerada pouco transparente e ineficaz no favorecimento à população mais pobre; possibilidade de enchimento fracionado dos recipientes de GLP; e permissão de enchimento do botijão de gás por qualquer marca.
É o que destaca o secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, Alexandre Manoel. “Essas medidas vão tornar o mercado mais competitivo, vão prover outras possibilidades de arranjos concorrenciais, você vai retirar várias barreiras de entrada ao mercado, permitindo concorrência”.
De acordo com a publicação, as medidas constituem o ponto de partida para um processo de abertura efetiva do mercado de gás de cozinha aos múltiplos agentes de toda a cadeia, de modo a proporcionar benefícios aos consumidores resultantes do aumento da concorrência. Elas já estão em avaliação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).