“Uma história compilada mostra o lado obscuro de Karl Marx, o filósofo seguidor do comunismo.
A Rússia mantém os documentos de Karl Marx em uma câmara no Arquivo Nacional sob proteção de bombas.”
Iniciaremos essa leitura com uma frase de Marx que corresponde com o seu objetivo:
“Com desdém lançarei meu desafio bem na face do mundo, e verei o colapso desse pigmeu gigante cuja queda não extinguirá meu ardor. Então vagarei semelhante a um deus, vitorioso, pelas ruínas do mundo, e, dando às minhas palavras uma força dinâmica, sentir-me-ei igual ao Criador.” (Marx antes do Marxismo, tradução de D. McLellan, MacMillan)
Base Familiar
Marx nasceu na cidade de Trier (Alemanha) no ano de 1818. Com histórico de bronquite e pleurisia por toda vida, ele foi um dos nove filhos de uma família de classe média alta do casal Heinrich Marx e Henriette Pressburg. Seus irmãos foram: Sophie, Hermann, Henriette, Louise, Emilie, Caroline e Eduard.
O pai de Marx era advogado e conselheiro de justiça; descendia de uma família de rabinos, porém se converteu ao cristianismo para poder seguir em sua carreira. A mãe pertencia a casa holandesa da família Phillips.
O cristianismo era predominante na cidade de Trier e Marx foi cristão em sua juventude. Alguns títulos como “Através do amor de Cristo, voltamos nossos corações ao mesmo tempo para nossos irmãos que intimamente são ligados a nós e pelos quais Ele deu-Se a Si mesmo em sacrifício” e “A União dos Fiéis com Cristo”, podem ser encontrados em suas primeiras autorias.
No certificado de Marx, recebido ao fim do ginásio, foi anotado: “Conhecimento Religioso: Seu conhecimento da fé e moral cristãs é bastante claro e bem fundamentado. Até certo ponto, conhece também a história da igreja cristã.”
O pai for a maior referência de Marx, mesmo tendo viés conservador, Heinrich participava de reuniões com intelectuais filosóficos com o amigo Ludwig von Westphalen – a quem Marx dedicou sua tese de doutorado. Devido a amizade dos patriarcas, os filhos das famílias Marx e von Westphalen conviveram bem próximos e brincaram durante a infância.
Em cartas trocadas entre Marx e seu pai, encontramos alguns textos que nos mostra peculiaridades desse relacionamento:
2 de março de 1837: “O seu progresso, a preciosa segurança de ver seu nome tornar-se um dia muito famoso e o seu bem-estar material não são os únicos desejos do meu coração. Estas foram ilusões que alimentei por longo tempo, mas posso assegurar-lhe que a sua realização não me teria tornado feliz. Somente se o seu coração permanecer puro e humano, e se nenhum demônio for capaz de afastar seu coração dos melhores sentimentos, somente então eu serei feliz.”
10 de novembro de 1837: Marx escreve ao pai: “Desceu uma cortina. O meu Santo dos Santos foi feito em pedaços e novos deuses tiveram que ser instalados”. – O pai responde a Marx: “Abstive-me de insistir em explicações sobre um assunto muito misterioso embora parecesse altamente suspeito.”
No entanto, apesar do vínculo, Marx não compareceu ao enterro do pai em 1838, na época ele afirmou que a viagem de Berlim até Trier era ‘muito longa’.
Franz Mehring escreveu em seu livro que: “Embora o pai de Karl Marx tenha falecido alguns dias após o vigésimo aniversário de seu filho, ele parece ter observado, com secreta apreensão, o demônio em seu filho predileto, Fleury. Marx não imaginou, e nem poderia ter imaginado, que o rico cabedal de cultura burguesa que ele transmitira a seu filho Karl, como uma valiosa herança para a vida, contribuiria apenas para libertar o demônio que ele temia.”
Estudos – Formação
Na primeira escola Marx frequentou o Liceu Friedrich Wilhelm, um ginásio de seguimento iluminista francês.
Foi dispensado do serviço militar por ter problemas respiratórios.
Ele ingressou na universidade aos 17 anos, em 1835, para cursar direito – seguindo a carreira do pai – mesmo com enorme atração pela filosofia. Na Universidade de Bonn cursou disciplinas de filosofia, história da arte e mitologia grega.
Com baixo desempenho escolar, Marx foi transferido, pelo pai, para a Universidade de Berlim, onde passou a circular com grupos radicais; nessa época ingressou em uma fraternidade e clube de poesia junto aos jovens Hegelianos que faziam críticas ao estado e a religião.
Após a morte de Heinrich, ele embarca no curso de filosofia e termina seus estudos em 1841, ele foi desligado por exceder o número máximo de semestres – devido a isso adquiriu somente um certificado das aulas assistidas.
O barão Ludwig von Westphalen já havia introduzido Marx na filosofia e na literatura, devido ao discipulado Marx escreveu uma tese de doutorado e enviou para Universidade de Jena que concedeu a ele o título de doutor em filosofia. A tese de Marx foi: A Diferença Entre a Filosofia da Natureza em Epicuro e Demócrito; em um prefácio ele se associa à declaração de Ésquilo: “Eu nutro ódio contra todos os deuses.”
Com a morte do pai a realidade financeira de Marx sofreu mudanças, período que se apegou a bebidas e festas, o mesmo período da sua crescente revolta com establishment prussiano conservador.
Marx sente-se impedido de seguir carreira acadêmica quando Bruno Bauer foi expulso do curso de Teologia por ser ateísta; Marx não havia conseguido posto para lecionar na universidade pois a mesma não aceitava mestres que seguiam Hegel.
Somando os fatos, ele então tornou-se redator chefe na Gazeta Renana/Rheinische Zeitung, um jornal da província de Colônia, Marx escrevia críticas aos governos conservadores europeus e atraiu o olhar do kaiser.
Ele e Engels se conheceram neste ano em uma visita ao jornal. Marx também escreveu artigos para os Anais Alemães do seu amigo Arnold Ruge (o jornal foi censurado).
Marx escreve nos anos seguintes: “A extinção da religião, como a felicidade ilusória do homem, é uma exigência para sua felicidade real. O chamado para que ele abandone as ilusões a respeito da sua condição é um chamado para abandonar uma condição que requer ilusões. A crítica à religião é, portanto, a crítica a este vale de lágrimas do qual a religião é a auréola.” – Sua fé já havia se rompido e religião crescia como inimiga dos seus ideais.
Em outra citação, Marx faz lembrar pactos realizados em rituais satânicos: “Os vapores infernais elevam-se e enchem o cérebro, Até que eu enlouqueça e meu coração seja totalmente mudado Vê esta espada? O príncipe das trevas, Vendeu-a para mim.”
Nos seus escritos, ele já demonstrava confiança no seu projeto, mesmo não o tendo revelado na época: “Com desdém lançarei meu desafio bem na face do mundo, e verei o colapso desse pigmeu gigante cuja queda não extinguirá meu ardor. Então vagarei semelhante a um deus, vitorioso, pelas ruínas do mundo, e, dando às minhas palavras uma força dinâmica, sentir-me-ei igual ao Criador.”
Aos dezoito anos Marx escreve a peça teatral Oulanem. Ele admirava as palavras de Mefistófeles em Fausto, Mefistófeles é um personagem satânico da Idade Média e Fausto é o protagonista de uma popular lenda alemã de um pacto com o demônio, baseada no médico, mago e alquimista alemão Dr. Johannes Georg Faust que viveu entre 1480-1540. Em O 18º Brumaire Marx cita: “Tudo o que existe é digno de ser destruído.”
Nos escritos de Marx podemos observar as suas estruturas religiosas, mesmo que inversamente: “Ah, eternidade, ela é a nossa eterna mágoa, uma indescritível e imensurável morte, vil e artificialmente concebida para nos escarnecer, nós próprios automatizados, cegamente mecânicos, feitos para sermos o calendário louco do tempo e do espaço, não tendo propósito, a não ser de acontecer, para ser arruinados.”
Em outro capítulo de Oulanem ele discorre: “Pois ele marca o compasso e dá os sinais. Cada vez mais ousado, eu me entrego a dança da morte. Eles também são Oulanem. Este nome ressoa fortemente como a morte. Soando até morrer em vil rastejo. Pare! Agora o agarrei! Ergue-se da minha alma Tão claro como o ar, tão forte como meus próprios ossos. Contudo os meus braços são possuídos de força Para agarrar e triturar você. Com a força de um furacão. Enquanto para nós ambos, o abismo se abre nas trevas. Você afundará, e eu seguirei gargalhando. Sussurrando em seus ouvidos: Desça, venha comigo amigo.”
Marx demonstra sua frustração em cada linha dos seus escritos: “Se existe algo que devora, pulo para ser engolido, embora deixando o mundo em rumas este mundo que se avoluma entre mim e o abismo, eu o reduzirei a pedaços com as minhas contínuas maldições. Lançarei meus braços ao redor da sua rude realidade. Abraçando-me, o mundo passará silenciosamente. E então mergulhará no nada absoluto, morto, sem qualquer vida: isso seria realmente viver.”
O filósofo já estava vivendo o desligamento com as raízes religiosas: “Assim um deus tirou de mim tudo na maldição e suplício do destino. Todos os seus mundos foram-se, sem retorno! Nada me restou a não ser a vingança! Meu desejo é me construir um trono, seu topo seria frio e gigantesco, sua fortaleza seria o medo sobre-humano e a negra dor seria seu general: Quem olhar para ele com olhar são voltará, mortalmente pálido e silencioso, arrebatado por cega e fria morte. Possa a sua felicidade preparar-lhe o seu túmulo.”
Casamento e Família
O barão Ludwig von Westphalen descobriu uma carta de amor de Karl Marx para Jenny – filha do barão, ele não gostou do romance, principalmente por não ver Marx como bom partido para Jenny que era, ainda, quatro anos mais velha; a sociedade conservadora não tinha bons olhos para esse tipo de relacionamento. Os dois mantinham um noivado secreto desde a graduação, os pais de ambos não aprovariam o relacionamento.
Mesmo contra vontade das famílias, Marx e Jenny se casaram em junho de 1843 quando Marx tinha 24 anos. Parentes e conhecidos não estiverem presentes no casamento porém a mãe de Jenny os presenteou com um baú de dinheiro, jóias e pratarias. A família do barão convenceu os noivos a assinarem um acordo responsabilizando cada parte por suas dívidas, mas o documento nunca foi usado.
Francis Wheen relata que o casal presenteou diversos amigos com o dinheiro recebido, tendo acabado logo e que as jóias e pratarias ficaram pouco tempo com o casa tendo sido colocados em casas de penhores.
O casal partiu para Paris, A filha Caroline nasceu em 1844, o que não impediu que Marx prosseguisse com seus planos de militância.
Marx reencontra Engels em Paris, precisamente no Café de La Régence, ali a amizade se define e é gerado o vínculo que os seguiria por toda vida.
Marx viveu financeiramente confortável até 1848, com salários das suas publicações em jornais, com presentes de amigos e a herança herdada do pai. Em 1849 o governo francês proibiu a residência do casal, um pedido da coroa prussiana levou as autoridades francesas a expulsarem os Marx do país. A família viveu dois anos em Bruxelas até ser – novamente – expulsa pelo governo belga em 1848 após quebrar o termo de asilo: não se envolver em políticas – o Manifesto Comunista foi lançado em fevereiro deste ano e Marx ainda foi acusado de usar a herança recebida pela morte da mãe em financiamentos de uma revolta do proletariado. A mulher de Marx foi presa nesse período.
Após uma campanha de arrecadação feita por Ferdinand Lassalle a família migrou para Londres – residência definitiva.
Engels passou a ajudar o amigo com mesadas, cédulas eram enviadas em diferentes cartas.
Marx consegue um posto de correspondente para o New York Tribune, lá declarou apoio público ao governo Abraham Lincoln durante a Guerra Secessão, tornando-se figura representativa para a Associação Internacional dos Trabalhadores.
Eleanor, uma das filhas de Marx vista como a predileta, conta em seu livro que ela e as irmãs ouviram muitas estórias contadas pelo pai durante a infância. Ela relata que uma das preferidas falava sobre Hans Rõckle e durou muitos meses por ser muito longa, Rõckle era um feiticeiro cheio de dívidas que era dono de uma loja de brinquedos, mesmo sendo um feiticeiro sempre estava com dificuldades financeiras e então, contra a vontade, ele vende ao diabo todos os seus artigos, cada peça. Ela afirma que as aventuras eram tão horripilantes que lhe arrepiava os cabelos.
Marx chamava Eleanor de Tussy e gostava de afirmar que Tussy era como ele. Eleanor se casou com Edward Aveling que por sua vez era amigo da Sra. Besant que era dirigente da teosofia. Edward escrevia sobre a perversidade de Deus e tentou provar que Deus encorajava a poligamia e o roubo, além de defender a blasfêmia.
Marx escreve ao filho Edgar em 1844 com os dizeres: “A sua última carta pastoral, sumo sacerdote e bispo das almas, novamente transmitiu paz e tranqüilidade às suas pobres ovelhas.”
Edgar também escreveu ao pai em 31 de março de 1854, a carta começava com “Meu querido diabo”.
Robert Payne, biógrafo de Marx escreve: “Pode haver poucas dúvidas quanto ao fato de que aquelas estórias intermináveis eram autobiográficas. Ele tinha o ponto de vista do diabo quanto ao mundo e a maldade do diabo. Às vezes, ele parecia reconhecer que estava executando obras do mal.”
Movimentação Política
Karl Marx se inspirou, inicialmente, em Moses Hess antes de se tornar anticristão; e fazia questão de deixar isso bem claro como na frase “Desejo vingar-me d’ Aquele que governa lá em cima.”
Hess foi uma figura importante para construção de Marx nos ideais socialistas. Hess escreveu sobre Marx “Dr. Marx – meu ídolo, que dará o chute fìnal na religião e política medievais.”
Na mesma época George Jung, amigo de Marx, disse que “Marx seguramente afugentará a Deus de Seu céu, e até mesmo O processará. Marx chama a religião cristã de uma das religiões mais imorais.”
Mais tarde, Marx discordaria do socialismo utópico de Hess e intitularia sua visão sobre socialismo como “científico”. George Jung escreveu para Ruge dizendo que “Se Marx, Bruno Bauer e Feuerbach se unissem para fundar uma revisão político-teológica, Deus faria bem em cercar-se de todos os Seus anjos e abandonar-se à autocomiseração, pois estes três certamente iriam expulsá-lo do céu.”
Marx integrou a Liga dos Justos em 1843 – que depois foi nomeada a Liga dos Comunistas.
Residindo em Paris, logo após assumir publicações no Deutsch-Französische Jahrbücher (Anais Franco-Alemães), ele foi introduzido em sociedades secretas socialistas.
Marx, juntamente com Engels, construíam a teoria de propostas revolucionárias no momento em que a Europa vivia as rebeliões operárias, que ganharam nome de Primavera dos Povos. Em um poema de Marx sobre Hegel ele diz que “Palavras eu ensino todas misturadas em uma confusão demoníaca. Assim, qualquer um pode pensar exatamente o que quiser pensar.”
Nos anos seguintes, os amigos lançaram ‘O Manifesto do Partido comunista’, o chamado de guerra correspondia com o planejamento: “Proletários de todos os países, uni-vos!”.
O filósofo fez reflexões que resultaram nos Manuscritos de Paris, mais conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos. As reflexões eram o ponto de limitação de Marx, que nunca teve contato real com economistas de fato e administrou muito mal sua herança, ficando dependente de ajuda de terceiros para sobrevivência da família.
Marx nunca refutou economistas, como por exemplo as ideias de Adam Smith.
Karl Marx teve correlações com diversas personalidades da Primeira Internacional – fundada pelo próprio, que era um movimento que reunia supostos trabalhadores de toda a Europa que correspondiam com viés de esquerda como: comunistas, anarquistas, sindicalistas, dentre outros.
Uma dessas personalidades era Mikhail Bakunin, um anarquista e refugiado do czarismo russo e militante socialista que contribuiu com a fundação da Primeira Internacional. Bakunin escreveu: “Satã é o primeiro livre-pensador e salvador do mundo. Ele liberta Adão, imprimindo o selo de humanidade e liberdade em sua fronte, quando o torna desobediente.” – comentou também sobre os ideais do grupo: “Nesta revolução teremos que despertar o demônio nas pessoas, incitar as paixões mais vis.”
Proudhon foi apresentado a Marx através de Hess. O corte de cabelos de Proudhon era compatível com o estilo adotado pela seita, conhecidamente satanista, de Joanna Southcott uma sacerdotisa satânica que se considerava em contato com o demônio Siló. Bakunin, comentou que Proudhon que era amigo dele e de Karl Marx era “adorador de Satanás”.
Já Proudhon escreveu: “Nós alcançamos o conhecimento apesar Dele, alcançamos a sociedade apesar Dele. Cada passo à frente é uma vitória na qual derrotamos o Divino. Deus é estupidez e covardia; Deus é hipocrisia e falsidade; Deus é tirania e pobreza; Deus é o mal. Nos lugares em que inclina-se ante um altar, a humanidade, escrava de reis e sacerdotes, será condenada. Eu juro, Deus, com a mão estendida para os céus, que não és nada mais do que o algoz da minha razão, o espectro da minha consciência. Deus é essencialmente anti-civilizado, antiliberal, anti-humano.”
Em 1871 quando a revolução comunista tomou força em Paris, o camarada (título atribuído politicamente a socialistas) Flourence escreveu: “Nosso inimigo é Deus. O ódio a Deus é o princípio da sabedoria.”
O jornal soviético Sovietskaia Molodioj em 14/02/1976 descreve como os comunistas militantes, sob o regime czarista (que imperou de 1547 até 1917), tumultuavam as igrejas e zombavam de Deus. Os comunistas usavam uma versão blasfema do “Pai Nosso”:
“Pai nosso, que estás em Petersburgo (o nome antigo de Leningrado), amaldiçoado seja o teu nome, possa o teu reino despedaçar-se, possa a tua vontade não ser feita, sim, nem mesmo no inferno. Dá-nos o pão que nos roubaste, e paga nossas dívidas, assim como pagamos as tuas até agora. Não nos deixes cair em tentação. mas livra-nos do mal – a polícia de Plehve (o Primeiro Ministro czarista) e põe um fim neste maldito governo. Mas, como tu és fraco e pobre de espírito, poder e autoridade fora contigo por toda a eternidade. Amém.”
Marx dedicou sua vida para construir uma teoria própria, mesmo sem conhecimento na área, escreveu sobre economia, capitalismo e influenciou massas políticas através dos seus escritos que deram luz ao Marxismo – a maior força do comunismo nos dias atuais.
Características Sombrias
Cerca de 60 anos após a morte de Joana, em 1814, “um soldado chamado James White reuniu-se ao grupo de seguidores de Joana em Chatham e, após seu período de serviço na Índia, voltou e assumiu a direção local desenvolvendo mais as doutrinas de Joana com traços comunistas”.
Engel descreveu Marx: “A quem está perseguindo com esforço selvagem. Um homem negro de Trier, um monstro notável. Não anda nem corre, salta sobre os calcanhares e se endurece, cheio de ira e como se quisesse agarrar a vasta tenda do céu e lançá-la sobre a terra. Estende os braços no ar; o punho perverso está cerrado, ele se enfurece sem cessar, como se dez mil demônios fossem agarrá-lo pelos cabelos.”
Realidade Oculta
O jornalista britânico Francis Wheen expôs um Karl Marx como bêbado, parasita e adúltero. Marx nunca conseguiu ter um emprego regular!
Em “Genie und Reichtum” Rolf Bauer fala sobre a vida financeira de Marx: “Enquanto era um estudante em Berlim, o filhinho-de-papai Marx recebia 700 táler por ano para pequenos gastos.” – muito acima da média da população que recebia a média de 300 táler.
Os números do Instituto Marx-Engels apontam que Engel doou a Marx cerca de 6 milhões de francos franceses.
“Houve invernos em que até roupas foram penhoradas para poder arrumar trocados para comida”, diz Wheen.
Suicídio e morte fazem parte da família de Marx.
Dos sete filhos nascidos, quatro deles morreram ainda jovens ou crianças devido às condições precárias em que viviam. Franzisca, por exemplo, morreu com um ano de bronquite; sem recursos para custear um caixão, Jenny manteve o corpo do bebê no quarto dos fundos, o corpo permaneceu lá até conseguirem dinheiro emprestado para enterrá-la. Um dos filhos morreu antes mesmo de receber um nome.
O escritor Arnold Kunzli relata como a vida de Marx ocasionou o suicídio das duas filhas e do genro. Laura, filha de Marx que foi casada com o socialista Laforgue também sepultou três de seus filhos; ela e o marido suicidaram logo após como protesto.
Eleanor também decidiu suicidar junto com o marido, no entanto o marido desistiu no último minuto. Relatos apontam que Eleanor descobriu um casamento secreto do marido com uma atriz muito jovem, há suspeitas que ela tenha sido assassinada.
Em carta a Friederich Engels, Marx desabafa: “A única luz no horizonte é a doença de um tio reacionário de Jenny. Se o patife morre, eu saio desse aperto.” Frio e calculista, ele escreveu sobre o tio de Jenny que agonizava: “Se o cão morrer, estarei fora de complicações.” – Logo após a morte do tio, em 8 março de 1855, ele escreveu: “Um acontecimento muito feliz. Ontem soubemos da morte do tio de minha esposa, de 90 anos de idade. Minha esposa receberá cerca de 100 libras; até mais, se o velho cão não deixou parte do dinheiro à mulher que administrava sua casa.”
Eleanor descobriu em 1895 que Marx não teve apenas um caso com Helene Demuth que foi governanta e militante socialista; Demuth engravidou quando Jenny viajava. A governanta era amiga íntima de Jenny. Frederick nasceu em 1851 e, a pedido de Marx, foi “assumido” por Engels que o colocou para adoção.
Mais tarde Eleanor soube que Marx nunca teve contato com o menino e tão pouco o ajudou de alguma forma. “Claro que Eleanor ficou chocada, mas em nenhum momento teve a intenção de censurar os fatos. Ao contrário, achou importante que o mundo conhecesse os dois lados da vida de seu pai. Até permitiu a publicação de correspondência pessoal de Marx. Mas tudo se perdeu quando ela se suicidou, em 1898” – afirma Mary Gabriel.
O filho bastardo foi o único da família que ainda estava vivo quando ondas de choque tomaram mundo afora com seu Outubro Vermelho. O Outubro Vermelho foi a primeira revolução comunista marxista do século XX e deu o poder aos bolcheviques. começou com a insurreição dos Bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, contra o governo provisório, em 25 de outubro de 1917 (pelo calendário juliano) e 7 de novembro (pelo calendário gregoriano).
Jenny, mesmo traída e abandonado a qualidade de vida por um homem que a traiu, não conseguiu sustentar uma família, com uma vida fútil que levou alguns de seus filhos à morte, permaneceu ao lado de Marx vivendo com exílios e perseguições. Jenny foi tradutora do comunista que tinha uma péssima caligrafia. Ela morreu em 1881 com câncer – a família proibiu Marx de ir no enterro.
Alguns dos artigos de Engels publicados em jornais apareceram, em primeira mão, assinados por Marx; posteriormente foi incluído o seu nome com o título de “Revolução e Contrarrevolução na Alemanha”.
MORTE
Em um texto de “O Violinista” Marx escreveu: “atormentando a mente e enfeitiçando o coração, e a sua dança é a dança da morte.”
No poema “A Donzela Pálida”, ele escreveu: “Assim, eu perdi o direito ao céu, sei disso perfeitamente. Minha alma, outrora fiel a Deus, está destinada ao inferno.”
Marx morreu com 64 anos em 1883 devido a uma infecção pulmonar. Engels o encontrou morto à beira da lareira. Seu enterro teve menos de 15 pessoas.
Pós Morte
Marx já havia morrido quando os royalties de venda do livro O Capital foram liberados.
No funeral de Marx, esteve presente Wilhelm Liebknecht um dos fundadores do Partido Social Democrata da Alemanha; Liebknecht foi divulgador dos ideais marxistas, inclusive usou em sua legenda em 1890 quando alcançou apenas 20% dos votos.
Bruno Bauer escreveu em 6 de dezembro de 1841 ao seu amigo Arnold Ruge, que também foi amigo de Marx e Engels: “Faço conferências aqui na Universidade ante uma grande audiência. Não reconheço a mim mesmo, quando pronuncio minhas blasfêmias do púlpito. Elas são tão grandes, que estas crianças, a quem ninguém deveria escandalizar, ficam com os cabelos em pé. Enquanto profiro as blasfêmias, lembro-me de como trabalho piedosamente em casa, escrevendo uma apologia das Sagradas Escrituras e do Apocalipse. De qualquer modo, é um demônio muito cruel que se apossa de mim, sempre que subo ao púlpito, e eu sou forçado a render-me a ele. Meu espírito de blasfêmia somente será saciado se estiver autorizado a pregar abertamente como professor do sistema ateísta.”
O Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867-1894) foram os livros mais famosos de Marx.
No primeiro livro citado, Marx mostra quais táticas são usadas para propagação do comunismo. Veja como se assemelha ao que foi introduzido no Brasil:
– Expropriação da propriedade fundiária e emprego das rendas fundiárias para despesas do Estado.
– Pesado imposto progressivo.
– Abolição do direito de herança.
– Confiscação da propriedade de todos os emigrantes e rebeldes.
– Centralização do crédito nas mãos do Estado, através de um banco nacional com capital de Estado e monopólio exclusivo.
– Centralização do sistema de transportes nas mãos do Estado.
– Multiplicação das fábricas nacionais, dos instrumentos de produção, arroteamento e melhoramento dos terrenos de acordo com um plano comunitário.
– Obrigatoriedade do trabalho para todos, instituição de exércitos industriais, em especial para a agricultura.
– Unificação da exploração da agricultura e da indústria, actuação com vista à eliminação gradual da diferença entre cidade e campo.
– Educação pública e gratuita de todas as crianças.
REFERÊNCIAS:
– Arquivo para a história do socialismo e movimento dos trabalhadores, 1925, na Alemanha
– Werner Blumeberg – livro Retrato de Marx
– Franz Mehring – livro Karl Marx G. Allen & Unwin Ltd., Londres, 1936
– Introdução a Crítica à Filosofia da Lei, de Hegel
– Marx antes do Marxismo, tradução de D. McLellan, MacMilla
– O Mouro e o General, Recordações de Marx e Engels – Dietz Publishing House, Berlim, 1964
– Robert Payne – Marx – Simon e Schuster, N. York, 1968
– A Vida de Eleanor Marx – Chushichi Tsuzuki, Clarendon-Press, Oxford, 1967
– M. E. Correspondência, vol. II, Instituto M. E. Lenine, Moscou
– Marx e Engels, Obras Completas, Berlim Oriental 1967-74, volume suplementar 1, p. 654
– Conversações com Marx e Engels, Insel Publishing House, Alemanha, 1973
– Conversações com Marx e Engels, Insel-Verlag, Alemanha, 1973
– Deus e o Estado, citações dos Anarquistas, editado por Paul Berman, Praeger Publishers, N. York, 1972
– Proudhon – “Sobre a Justiça na Revolução e na Igreja”
– Filosofia do Comunismo – Charles Boyer, Fordham Umversity Press, N. York, 1952
– James Hastings, Enciclopédia de Religião e Ética, New York, Charles Scribner’s Sons, 1921
– Citação em Dzerjinskü, de R. Gul, “Most” Publishing House, N. York, em russo
– Marx-Engels, obras selecionadas em alemão, volume II suplementar, p. 301
– Karl Marx, Obras Reunidas, Vol. I, N. York, International Publishers, 1974
– K. Marx – Um Psicograma – Europa-Verlag, Z.urich, 1966
– Marx-Engels, edição completa de crítica e história, Casa Publicadora ME Verlagsgesellschaft,
– ERA KARL MARX UM SATANISTA? Richard Wurmbrand (livros proibidos)