Uma vida financeira saudável pressupõe ter consciência dos gastos e poupar mensalmente. Essas duas atitudes aparentemente simples podem evitar que o contingente de 63 milhões de inadimplentes no Brasil aumente ainda mais nos próximos anos. E formam o eixo da educação financeira.
A Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC) defende o planejamento financeiro como fator fundamental para o uso consciente dos recursos financeiros. Por isso, avalia como positiva a inclusão da disciplina no currículo escolar porque cria a cidadania financeira e o consumo racional estimulando o consumidor a ser adimplente, criando um círculo virtuoso, que afetará positivamente o mercado de crédito e impactará na melhora da economia.
De acordo com a última edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado em 2015, e cujos dados foram disponibilizados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ocupou o último lugar de desempenho em competência financeira entre os 15 países analisados.
“Com mais transparência entre o consumidor e o credor, como o Cadastro Positivo, por exemplo, o consumidor se empodera através da nota de crédito. Com educação financeira e indivíduos desde cedo bem informados sobre o risco do consumo excessivo e a importância de ações conscientes, ganham todos: consumidor, credor e país. Com menos inadimplência, mais pessoas têm acesso ao crédito sustentável, o que significa injeção de recursos na economia, empregos e bem-estar social”, afirma Elias Sfeir, presidente da ANBC.