
A Secretaria municipal de Fazenda da Prefeitura do Rio de Janeiro não tem um estudo de impacto para a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Guarda Municipal da Guarda Municipal. A informação foi dada em audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (dia 05), na Câmara de Vereadores da capital.
Há um mês, um requerimento foi apresentado pela Comissão de Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público da Câmara Municipal para tratar da questão. No documento, os políticos argumentam que outros pedidos já foram enviados, mas que não houve respostas satisfatórias sobre o andamento dos processos de melhoria à vida dos servidores.
Jorge Felippe (União), presidente da comissão, criticou a falta de respostas da prefeitura.
– A gente ouve que a Prefeitura do Rio de Janeiro tem caixa, a gente ouve, de outro lado, que temos servidores passando fome, endividados, com salários até menores que o salário mínimo. Neste sentido, a prefeitura precisa enviar à Câmara estudo sobre esses impactos. Até porque a gente parte da premissa que o Executivo é sensível a esse sofrimento e está buscando soluções. É uma questão urgente – afirma.
Uma Comissão Especial da Câmara do Rio foi criada há um mês com a finalidade de acompanhar o PCCS da guarda. Na reunião de instalação, o grupo aprovou uma solicitação de apoio ao Tribunal de Contas do Município para realizar um estudo de impacto do plano nos cofres do município.
Os guardas defendem, entre outras demandas, a equiparação das regras de progressão de carreira e aposentadoria aplicadas a outras forças de segurança.
– A cidade do Rio de Janeiro precisa de ordem. E não podemos falar em ordem sem falar da Guarda Municipal. Eles que estão sendo vilipendiados há anos, sem progressão de carreira e sem perspectiva – disse o vereador Rogerio Amorim (PTB), presidente da comissão, à coluna.
Para o vereador William Siri (PSOL), a Comissão foi criada diante de uma demanda concreta: o contínuo cenário de precarização dos quadros da Guarda Municipal, segundo defende.
– Nosso objetivo na comissão é colaborar com nosso trabalho prévio de fiscalização (a partir de nosso relatório acerca das condições de trabalho dos servidores do órgão) e amostragem do perfil trabalhadores da GM-RIO, para que o governo possa apresentar avanços dentro da sua competência, uma vez que a iniciativa de apresentar o PCCS é privativa do Poder Executivo – finaliza.
O grupo é também formada pelos vereadores Alexandre Beça (PSD), Edson Santos (PT) e Matheus Gabriel (PSD).
ZapZap do Extra: Receba as principais notícias no seu celular; clique aqui e faça parte da comunidade do Extra.