
Diones Coelho da Silva, que teve sua vida virada de cabeça para baixo após atropelar Kayky Brito, abriu o coração e fez um apelo em meio ao momento delicado. Em entrevista, o motorista disse estar muito assustado com o caso e que, desde o acontecimento, não consegue mais trabalhar por ter sido banido pelo aplicativo.
O homem de 41 anos afirmou que não teve culpa no atropelamento e se mostrou solidário ao ator que segue internado em estado grave. “Mas tenho a minha consciência tranquila. Desde o acidente estou muito abalado. Abalado com o estado de saúde do Kayky, com a massificação da mídia. Fico pensando no filhinho dele, sou pai também”, iniciou ele em conversa com o portal UOL.
Logo em seguida, o motorista expôs seu desespero ao dizer que perdeu sua única fonte de renda: “Não tenho como trabalhar [sem o carro]. Para a minha surpresa, o aplicativo me bloqueou, mesmo com as investigações apontando [até agora] uma fatalidade. Além disso, nunca tive nenhuma intenção de machucar o menino”.
PROBLEMÃO
De acordo com Diones Coelho da Silva, caso não retorne o quanto antes ao trabalho, entrará numa grave crise financeira. O rapaz contou ainda o valor que precisa para consertar o veículo danificado pelo acidente e conseguir voltar rodar. “O prejuízo foi avaliado em R$ 10 mil. O valor da franquia é de R$ 4 mil, mais a prestação do carro de R$ 1,7 mil mensais. O carro é o único meio de trabalho”, disse ele.
“Comprei o carro para trabalhar e, se pagar, não tinha nem 10 mil quilômetros rodados. Mas nem sei o que fazer. Tenho dois filhos pequenos, e isso agrava ainda mais meu psicológico… Os meus danos foram apenas materiais, graças a Deus. Mas não tem um dia que eu não pense como está o Kayky. Só peço a Deus que tudo fique bem e ele saia logo do hospital”, concluiu o motorista.
Em resposta aos questionamentos feitos pelo site, o advogado de Diones destacou a importância do carro para seu cliente e da vaquinha que foi aberta. “O veículo é o meio de sobrevivência para ele, não entendemos até agora o motivo do bloqueio da 99. No boletim de ocorrência consta crime culposo, quando é praticado sem intenção”, disse Julio Cesar Filho.