
Nesta quinta-feira (28), a colunista Fábia Oliveira, do Metrópole, divulgou que o Ministério Público resolveu denunciar o irmão da influenciadora digital Virgínia Fonseca. De acordo com a jornalista, o MP decidiu apurar a denúncia de importunação sexual contra William Gusmão após um pedido para que o fato voltasse a ser investigado. A situação aconteceu em abril deste ano, em Jussara – GO, e foi denunciada pela vítima, a bombeira civil Lilly Martins.
De acordo com a colunista, consta nos documentos os quais ela teve acesso que o irmão de Virgínia Fonseca agiu de forma “consciente e livre” e que, com o objetivo de se satisfazer, por duas vezes ele teria praticado contra Lilly um “ato libidinoso”, como se refere o MP. Por isso, William Gusmão está sendo acusado pelo crime de importunação sexual e, caso condenado, a pena pode durar de um a cinco anos de reclusão.
Após a notícia do acolhimento da denúncia pelo Ministério Público, Lilly Martins usou suas redes sociais para comemorar a vitória nesta etapa. “O ministério público denunciou o William Gusmão por importunação sexual. O meu Deus não falha nunca. Mesmo o delegado fazendo esse erro grande, sendo parcial, Deus foi lá e mostrou que a última palavra vem do mestre”, escreveu a moça.
Alguns erros na investigação
O erro o qual a vítima se refere tem relação com o delegado responsável por investigar o caso, que de início não colheu o depoimento das testemunhas indicadas na investigação. Segundo Iago Araújo dos Santos, advogado de Lilly Martins, houveram tentativas de atrapalhar as investigações. De acordo com ele, as testemunhas só foram chamadas depois dele ter protocolado um pedido ao Ministério Público para “ter o direito de exercer sua profissão”.
O advogado contou que a delegacia então começou a correr para colher os depoimentos. “Ele já havia marcado no dia 13, cada uma no seu respectivo horário. E, quando eu protocolei meu pedido, coincidentemente, essas intimações foram antecipadas. O delegado começou a mandar mensagem para as testemunhas, falando que elas tinham que comparecer naquele dia, no caso nesta terça-feira (6/6), porque deu errado no dia 13”, contou ele. “Pra você ver que o desespero foi tão absoluto pra poder ouvir as pressas essas testemunhas. Uma delas recebeu a mensagem às 10h da manhã para uma intimação pra 09h30; ou seja, quando ela recebeu a intimação, já tinha esgotado o horário, que, em tese, ela iria prestar o depoimento”.
Entenda o caso de William Gusmão
De acordo com a vítima, a situação teria ocorrido durante uma festa no interior de Goiás, quando ela pediu para tirar uma foto com o empresário. Lilly Martins contou que Gusmão teria se aproveitado da proximidade se ambos para enfiar as mãos por dentro de sua calça e apalpar suas nádegas. Segundo a bombeira civil, ele também teria passado as mãos em uma outra região íntima.
Segundo Martins, o momento em que toda a confusão aconteceu foi filmado por sua companheira. “Quem filmou foi a Juliana, minha esposa. ‘Por que que ela filmou, Lilly?’ Porque, simplesmente, já era a segunda vez que ela enfiava a mão nas minhas partes íntimas, na minha b*nda. A primeira foi quando eu tava fazendo o bumerangue e outra vez foi quando ele saiu me puxando pra procurar o amigo dele, que eu nem sabia quem era”.
Em entrevista ao Metrópole, Lilly revelou o motivo de ter registrado tudo. “E, aí, a Juliana queria dar uns tapa nele e eu falei: ‘Ju, não faz isso porque a gente vai sair como errada’. E foi quando ela pegou meu celular pra filmar. Na hora que ela começou a filmar, eu não aguentei: já fui pra cima dele falando umas boas pra ele.”.
De acordo com a vítima, o irmão de Virginia Fonseca enfiou a mão por dentro da roupa dela duas vezes, mas que nos primeiros momentos ela não conseguiu reagir. “Parada eu fico, parada eu eu continuo. A partir daquele momento que eu me senti estuprada, que ele enfiou a mão lá ‘dentrão’, eu juro pra você que eu pensava: ‘Eu tenho que ir na delegacia, tenho que denunciar esse homem’”. Lilly Martins ainda revelou que após isso, William Gusmão continuou perseguindo-a pela festa.