O traficante Luis Claudio Machado, o Marreta, um dos chefões da maior facção criminosa do Rio, foi transferido do presídio federal de Catanduvas, no Paraná, para Bangu 1, em Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Marreta deu entrada no sistema prisional fluminense no último sábado. A secretaria de Administração Penitenciária do Rio não deu detalhes a respeito da transferência. Responsável por ordenar confrontos contra policiais e ataques às sedes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs), o criminoso foi preso no Paraguai, em dezembro de 2014, pela Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança e a Polícia Federal, com apoio da Secretaria Nacional Anti Drogas do Paraguai (SENAD/PY).
Marreta coordenava do Paraguai a atuação da organização criminosa e a distribuição de armas e drogas para as comunidades dominadas pela facção. Ele foi preso em uma casa de luxo no bairro de Ykua Sati, na cidade de Assunção. O criminoso ainda tentou fugir do cerco policial pulando o segundo andar da residência e o muro divisório de mais de 2 metros de altura dos fundos do imóvel. Mas foi preso enquanto tentava se esconder em uma casa vizinha.
Na casa do criminoso foi encontrado um cofre com dólares, reais e guaranis (moeda paraguaia), além de um DVD do filme “Tropa de Elite”. Além do foragido, estavam na residência duas mulheres e uma criança que estão identificadas pelo Setor de Imigração Paraguaio.
Nesta terça-feira, o numa rede social, o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, criticou a decisão da Justiça. “No meio de uma situação delicada que o Brasil inteiro está acompanhando, recebemos uma determinação judicial para transferir de uma penitenciária federal para o Rio de Janeiro um líder de facção do estado”.
Além de Marreta, o chefe do tráfico da Rocinha, Rogério Avelino de Souza, o Rogério 157, também foi autorizado a retornar ao sistema penitenciário fluminense por determinação judicial. Desde 2018, ele cumpre pena em um presídio federal de segurança máxima, em Rondônia. O pedido de transferência foi feito pela defesa de Rogério 157, após a Polícia Civil do Rio entrar na Justiça pedindo a manutenção da prisão do criminoso no presídio federal. Por unanimidade, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio acolheu o pedido da defesa do traficante.