
Lenda do funk, Steve B estará de volta ao Brasil no dia 14 de novembro, quando realizará a terceira edição do Baile dos Sonhos, no Riocentro. Desta vez, o projeto é ainda mais ambicioso, e passará por outras cidades. Aliás, o objetivo de Steve, esse americano-carioca, é criar um evento ainda mais grandioso no futuro, uma espécie de Funk In Rio. Nesta edição, o público vai poder curtir, além de novidades, gente das antigas, como o próprio Steve, Bob Rum e DJ Tubarão.
O que muda nessa edição do Baile dos Sonhos?Nós estávamos esperando há cinco anos para voltar ao Rio de Janeiro. Acho que o momento é agora, e as pessoas estão com muita fome de algo novo e fresco! Temos novos artistas, uma nova produção, um visual totalmente renovado, grandes surpresas, um sentimento diferente que está vibrando em mim, além de termos mudado a localização para o Riocentro, prezando pela segurança e conforto de cada pessoa que estará curtindo o Baile. Estamos muito entusiasmados com a terceira edição, sabemos que será incrível.
Sua relação com o Brasil continua muito forte. Quais são exatamente os “sintomas” da sua brasilidade?
Com certeza! Sou casado com uma brasileira, e esse ano completamos 30 anos juntos, então, o Brasil tem o meu coração. Tenho também fãs muito incríveis no Brasil e os fãs brasileiros são muito dedicados. Amo tanto o país que hoje pode se dizer que moro aqui e nos Estados Unidos, o Brasil também é a minha casa.
Você fala em montar um festival ainda maior, tipo um Funk in Rio. Como seria?Sim! Nossa intenção neste momento é consolidar o Baile dos Sonhos. A expectativa é de fazer 24 cidades pelo país entre o final 2023 a 2024. Com isso, diversificar os artistas de cidade para cidade e ir além do funk e do freestyle, misturando estilos como, por exemplo, euro dance, synthpop e dance Music.
Você é mais das antigas que a rapaziada das antigas. Tem alguém no festival que inspirou você antes? Ou são todos sua garotada?Alguns de nós somos da mesma geração; outros, como o exemplo dos cantores nacionais, minhas músicas serviram de inspiração para eles, e isso para mim é uma honra! Até hoje sinto isso.
O que você tem ouvido de música brasileira atualmente? E por quê?Sou bem eclético! Ao que tange a música brasileira, ultimamente estou ouvindo bastante clássicos como Tom Jobim, mas eu já escutei muito Raça Negra, Leandro e Leonardo… Eu sou mais das antigas, mas gosto sempre de estar antenado, observando e ouvindo a nova geração também. Tem muita gente boa fazendo história na música brasileira.
Nas suas apresentações fora do país, o público pede novidades nascidas por aqui? O que exatamente?
Lá fora, eles não têm esse costume de pedir algo estrangeiro. O pessoal é bem nostálgico, sempre ficam à espera de shows com nossos maiores sucessos de lá.
Vai rolar uma homenagem ao MC Marcinho?Em respeito ao nosso grande irmão MC Marcinho… Fiquei muito triste com seu falecimento. Ele nos deixou um legado de belas músicas que realmente causaram um impacto na sua geração como causam até hoje. Homenageá-lo nos Bailes do Sonhos com certeza é algo que pretendemos fazer, seja cantando ou falando sobre ele.