
Para vencer a Copa Libertadores da América neste sábado, a partir das 17h, o Fluminense terá que enfrentar o Boca Juniors, adversário historicamente difícil para o futebol brasileiro. No entanto, o tricolor conta com a força do Maracanã e de sua torcida, jogando em casa — apesar do campo neutro em final única —, para ser o campeão continental.
O tricolor tem muitos motivos para confiar no título, como o fato de jogar em seus domínios habituais, ter o treinador Fernando Diniz, que trouxe o clube até aqui com seu estilo de jogo próprio, ou por contar com Germán Cano, o grande artilheiro desta edição, com 12 gols.
Porém, o favoritismo não é maior porque do outro lado estará o Boca. A equipe de Buenos Aires é hexacampeã da América e chega em busca de seu sétimo troféu.
Ao mesmo tempo que é um adversário que carrega longa tradição no torneio, e nas disputas entre brasileiros e argentinos, vencê-lo também legitima uma campanha tricolor que já passou por vários campeões anteriormente, como River Plate, Internacional e Olimpia.
Para começar a entender o tamanho do desafio que o Fluminense tem pela frente, dos seis títulos de Libertadores que o Boca tem, quatro foram em cima de equipes brasileiras: Cruzeiro, em 1977; Palmeiras, em 2000; Santos, em 2003; e Grêmio, em 2007. Como resgatado pelo site Apostagolos.com, nenhum time venceu tantos brasileiros em finais da competição.
Em outras duas ocasiões, foi derrotado por times do Brasil na decisão: Santos, em 1963; e Corinthians, em 2012. Além disso, quando não encarou adversários brasileiros na final, o Boca perdeu mais do que ganhou: foram três vices e dois títulos.
Mais vitórias nos confrontos Brasil x Argentina
Mais um fato é que o Boca se trata do time com mais vitórias na rivalidade entre nossos representantes e os “hermanos” na competição. São 65 partidas, com 25 vitórias, 23 empates e 17 derrotas. É por essas e outras que os xeneizes, como são conhecidos jogadores e torcedores do Boca, estão confiantes para a decisão.
Para se ter uma ideia, os times brasileiros com mais vitórias sobre argentinos na Libertadores são Cruzeiro e Palmeiras, com 16 vitórias cada. Ao considerar o saldo geral de cada um contra argentinos, o Palmeiras é o brasileiro que mais leva a melhor, com 16 vitórias, 13 empates e 10 derrotas.
Mais jogos contra brasileiros na Libertadores
Não chega a ser uma surpresa o fato de o Fluminense encarar o Boca Juniors na Libertadores. Existe algo como um ímã que frequentemente coloca o time argentino no caminho dos brasileiros. Nenhuma equipe do país jogou tanto contra os nossos na competição: 65 partidas. Do outro lado, o Cruzeiro é o time que mais enfrentou argentinos: 40 jogos até hoje.
Uma ilha de superioridade em meio à supremacia brasileira
O desempenho do Boca Juniors pode dar a impressão de que os times brasileiros são fregueses dos argentinos na competição sul-americana. Muito pelo contrário. Quem leva a vantagem no confronto direto é o futebol brasileiro. São 124 vitórias de times brasileiros, 82 empates e 108 vitórias de argentinos.
Para se ter uma ideia, o River Plate pena quando tem um adversário brasileiro do outro lado. São 22 derrotas em 50 partidas. As principais decepções foram justamente em finais. Foi vice em 1976 (Cruzeiro) e 2019 (Flamengo).
Até quando é freguês, Boca é melhor
Em uma estatística trazida pelo Apostagolos.com, o Boca Juniors leva a pior diante de um time brasileiro. O Palmeiras é o adversário do Brasil que mais o enfrentou na Libertadores. Foram 39 partidas, com 16 vitórias dos paulistas e dez da equipe de Buenos Aires.
Entretanto, quando o assunto é partida final entre Boca e Palmeiras, a vantagem é do Boca Juniors. As duas equipes se enfrentaram na decisão em 2000, com os xeneizes levando a melhor.
Total equilíbrio entre Fluminense e Boca
Na história dos confrontos entre os finalistas deste sábado: foram duas vitórias para cada lado, e dois empates, em seis jogos. Na campanha de 2008, quando o Flu foi vice campeão, eliminou os argentinos na semifinal. Já em 2012, após vencem em La Bombonera na fase de grupos, o tricolor caiu nas quartas de final para o mesmo adversário. Até em questão de gols, há equilíbrio: oito para cada lado.