
John Kennedy viveu neste sábado aquele momento com o qual todo jogador sonha. Fez o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors e deixou o Maracanã como herói do título da Libertadores do Fluminense. Um heroísmo que não chega a ser surpreendente, dado que o centroavante era um dos destaques da equipe de Fernando Diniz. Mas quem vê o início do ano do jogador não poderia imaginar que ele terminaria assim.
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Kennedy começou a temporada emprestado à Ferroviária, de São Paulo. Por problemas de comportamento, o atacante perdeu espaço no elenco tricolor. A ida para a equipe paulista foi uma espécie de “última chance”. Que ele aproveitou.
É verdade que a Ferroviária acabou o Paulista rebaixada à Série A2. Mas John Kennedy foi um ponto fora da curva desta campanha. Foram seis gols em 11 jogos, performance que levou a comissão técnica do Fluminense a voltar a olhar para ele como uma peça que poderia ser aproveitada.
E como foi. Kennedy agarrou com vontade a chance que lhe foi dada. Em 32 partidas com a camisa tricolor, o jogador de 21 anos marcou nove gols. Quatro deles pela Libertadores, como o que deu o título para o Fluminense.
A mudança na forma como John Kennedy passou a ser visto no clube é tão grande que, momentos antes de entrar em campo no segundo tempo da final contra o Boca, ouviu de Diniz que ele seria o autor do gol do título. Profecia? Mais do que isso. Confiança.
A chave para a ascensão do centroavante é o amadurecimento apontado por todos no clube. Pai de dois filhos, o próprio garante que a ida para a Ferroviária foi fundamental para isso.
– Mudei bastante. Venho amadurecendo. Vou amadurecer mais. Acho que essa mudança ajudou muito dentro de campo também. Foi importante. Acho que foi essencial até – reconheceu o jogador após a semifinal contra o Internacional, na qual ele também brilhou.
– E tirar esse ponto de interrogação é muito bom pra mim, para concretizar que eu não sou aquela dúvida na cabeça de ninguém. Quero evoluir mais, e amadurecer cada vez mais pra continuar tendo o meu bom futebol.