O futebol é uma paixão que transcende fronteiras e mobiliza multidões. Neste sábado (4), a final da Copa Libertadores entre o Fluminense e o Boca Juniors promete parar a cidade. Na Cinelândia, no Centro do Rio, um telão para a transmissão da partida foi instalado, e já há uma aglomeração de torcedores do Flu concentrada no local. Enquanto o jogo não começa, os tricolores assistem a uma programação especial sobre a decisão do campeonato, que começa às 17h, no Maracanã.
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O clima na Cinelândia é de animação e ansiedade. Em meio aos barulhos das queimas de fogos constantes, os torcedores estão vivendo a expectativa de uma final de Libertadores há muito aguardada. As conversas sobre o jogo ecoam pelas ruas do Centro do Rio, com todos na torcida para o Fluminense alcançar a tão sonhada e inédita conquista da taça.
O estudante Lucas Lima, de 20 anos, veio com um casal de amigos para assistir ao jogo na Cinelândia.
— Não consegui ingresso para o Maraca, mas vim atrás da multidão e da bagunça (risos). O Importante é ganhar, não importa o placar. Confio no trabalho do Diniz — diz Lucas.
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Os amigos Felipe Romano e Pedro Braga, ambos de 34 anos, também escolheram assistir ao jogo no Centro do Rio:
— Escolhemos vir para cá até pela questão da segurança, já que só tem tricolor. Tem uma estrutura legal montada, com posto médico. Depois é só comemorar. Hoje não tem como ser diferente, é vitória e título — afirma Felipe.
— A expectativa para o jogo é alta. Tenho 34 anos e vivi várias fases do Fluminense. Na minha primeira vez no Maracanã, o time ainda estava na terceira divisão. Chegar nesse momento hoje é muito especial — conta ele.
A preparação para este grande evento esportivo também envolve medidas de segurança para garantir que tudo ocorra de maneira tranquila. A Polícia Militar está presente e realiza revistas em quem entra na Cinelândia, que está fechada com grades de alumínio. No local, tambem há postos médicos e mais de cem banheiros químicos.
Os bares no entorno estão lotados, com torcedores comendo, bebendo e trajados com o manto do time. Vendedores ambulantes também se concentram no local, comercializando uma série de itens relacionados ao clube, como faixas de campeão, bandeiras, camisas, chapéus, copos e bonecos de pelúcia.
Até os pets entram no clima
Em meio a uma multidão de tricolores, a vira-lata Domitila chama a atenção de quem passa. Com chapéu de palha, camisa e shorts do time, além de sapatinhos azuis, ela posa para fotos e aceita carinhos dos torcedores na concentração da Cinelândia.
— Sou baiana e moro no Rio. Não podia ficar sem torcer. Gosto de futebol e nós somos Fluminense — conta Janice Conceição, de 44 anos, tutora da cadela: — Eu queria que ela ficasse bem arrumadinha na final. Domitila faz sucesso, já fez várias fotos hoje com muita gente. Creio que ela vai dar sorte para que a gente seja campeão.
Enquanto a tutora concedia entrevista à reportagem, Domitila aproveitou para abocanhar o último pedaço de salsichão que um torcedor comia.
— A sorte é que essa malandra é tricolor — divertiu-se ele.