O verão começa nesta sexta-feira (22) no hemisfério sul. A previsão, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 2024, é de que as temperaturas permanecerão acima da média histórica em todas as regiões do país. No Rio Grande do Norte, é esperado um clima quente e úmido, um pouco acima do normal, de acordo com o meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Gilmar Bristot.
Isso ocorre por conta do fenômeno meteorológico do “El Niño”, que indica aumento anormal das temperaturas da água do oceano, influenciando no clima quente e úmido na região Nordeste. Ou seja, o “El Ninho” é sinônimo de fortes ondas de calor.
“O foco mesmo é o que vai acontecer nos meses de janeiro e fevereiro. Nós tivemos uma noção do que vai acontecer por conta da última semana. Porque vai repetir o que tivemos na segunda quinzena de dezembro. Nós devemos ter uma pré-estação chuvosa acima do normal”, falou o pesquisador.
Por conta de um número maior de chuvas, pesquisadores da Emparn esperam uma temperatura um pouco acima do esperado. A variação máxima, ao que tudo indica, na faixa litorânea é de 31 °C, podendo chegar a 32 °C. A temperatura mínima esperada é entre 24 °C a 26°C.
No interior do estado, a máxima fica acima de 35 °C. As temperaturas mínimas variam entre 23°C a 26°C, dependendo da região.
“Não é uma coisa exagerada. Se tivesse acontecendo o que uma pesquisa indicava lá em agosto, com um “super El Ninho”, durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, seria diferente. Não foi o que vimos”, explicou.
A impermeabilização do solo, falta de uma cobertura verde, verticalização de áreas e o aumento da população transformaram Natal em uma ilha de calor, é o que explicou Gilmar Bristot.
“É difícil Natal voltar a ter as temperaturas que tinham na década de 60, quando as temperaturas eram de vinte e vinte e um graus como a mínima. Por conta desses fatores, a temperatura fica concentrada. Natal gera calor”, esclareceu.
Ele explicou, também, que a capital potiguar tem uma circulação natural dos ventos muito boa, mas que está sendo afetada por conta das barreiras artificiais. Essas ações influenciam no aumento do calor.
Tribuna do Norte