As Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) de Natal estão lotadas. O motivo, de acordo com os gestores, é o crescimento do número de casos de arboviroses, como por exemplo dengue e chikungunya, e também um surto de Covid-19 que aconteceu há pelo menos 15 dias.
Um paciente, que preferiu não ser identificado, relatou ter esperado mais de 12 horas para ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança, na Zona Oeste. Ele chegou na unidade às 10h desta quarta-feira (3) e só saiu na madrugada desta quinta (4), à 1h.
“Tô com um problema no pulmão, possivelmente da Covid”, contou.
Uma mulher que acompanhou a sobrinha no Hospital dos Pescadores, nas Rocas, também reclamou da demora na espera por um atendimento.
“Se fosse tão urgente assim, talvez ela tivesse numa situação muito pior agora”, disse.
Outra paciente relatou ter ido até a UPA do Satélite e depois ao Hospital dos Pescadores, mas desistiu do atendimento.
“Não consegui atendimento nenhum. Já vim da UPA do Satélite achando que aqui tava melhor do que lá, só que tá tudo a mesma coisa. Eu tô sem paciência agora e vou pra casa”, desabafou.
De acordo com Luis Augusto, chefe de enfermagem do Hospital dos Pescadores, a procura por atendimentos nas unidades de saúde aumenta neste período do ano em decorrência das doenças, que são mais transmitidas nesta época com o aumento das festividades.
Em relação a procura para atendimento no Hospital dos Pescadores nesta quarta-feira (3), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS Natal) informou em nota que “foi registrado uma demanda maior para atendimentos no serviço, o que acarretou em um tempo de espera maior para pacientes em situações menos graves. O local também registrou a presença de pacientes oriundos de outros municípios que procuram o local para atendimento, o que também corrobora para o aumento do tempo de espera para atendimento na unidade”.
A SMS disse ainda que as unidades que atendem situações de urgência e emergência, como as UPAs e o pronto socorro do Hospital dos Pescadores, “passam por ciclos de demanda e procura variados por parte dos usuários de saúde, assim como os demais serviços que prestam esse atendimento em todo o país”.
“A SMS reforça ainda que o acolhimento nesses serviços preconiza os atendimentos em virtude dos graus de urgência classificados em cores. Para os casos de emergência e risco de vida (identificados na cor vermelha) e casos urgentes (identificados na cor amarela), os atendimentos são realizados de uma forma mais rápida e tem prioridade nos atendimentos. Já as cores verde e azul identificam os casos de urgência menor, que podem levar um espaço maior de tempo para receber atendimento, a avaliação da consulta ambulatorial acontecer por ordem de chegada”, concluiu a Secretaria.
g1-RN