Sussurros vindos de Brasília revelam que o senador licenciado Rogério Marinho “sonha” (ou é pesadelo?) em ser indicado como candidato a vice-presidente da República por Jair Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais. Para muitos, essa aspiração parece mais um ‘delírio’ do que uma estratégia política viável.
Rogério Marinho, atualmente presidente do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte, tem sido uma figura controversa. Sob sua liderança, o PL enfrenta uma crise de articulação sem precedentes, perdendo aliados importantes como os prefeitos de Natal, Mossoró e Caicó. Com uma habilidade quase cômica para afastar apoios, Marinho parece mais um formador de desastres políticos do que um líder capaz de unificar e fortalecer o partido.
A ideia de Marinho coordenar as eleições municipais do RN pelo PL soa, para muitos, como uma receita para o fracasso. As pesquisas indicam que o bolsonarismo, corrente política que ele representa com fervor, está fadado a uma derrota em várias cidades-chave do estado, incluindo Natal, Parnamirim, Mossoró, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Caicó e Currais Novos.
O cenário político que se desenha não é favorável para Marinho. Sua falta de articulação política e a reputação de ser uma figura asquerosa aos olhos de muitos eleitores tornam sua liderança uma aposta arriscada para o PL. Em vez de fortalecer o partido, sua atuação tem gerado desconfiança e afastado potenciais aliados.
Se Rogério Marinho realmente acredita que pode ser um candidato viável a vice-presidente, talvez esteja subestimando a capacidade crítica do eleitorado. Em vez de focar em seus delírios de grandeza, ele deveria se preocupar com a realidade de sua gestão desastrosa à frente do PL no Rio Grande do Norte. Coordenar as eleições municipais exige habilidade política, articulação e, sobretudo, a capacidade de unir diferentes forças em torno de um projeto comum – características que Marinho tem demonstrado não possuir.