O senador e líder de oposição Rogério Marinho (PL-RN) declarou que as eleições municipais são peculiares, diferentes e que a polarização Lula X Bolsonaro deve ficar restrita à disputa das grandes cidades, mas que a estratégia do PL é, sim, mirar em 20226 com o pleito de 2024.
Questionado pela jornalista Vera Magalhães confirmou que a intenção de pavimentar/viabilizar desde agora o maior número de deputados federais e senadores em 2026 para fortalecer a base bolsonarista à Presidência da República daqui a dois anos.
O último final de semana no Rio Grande do Norte confirmou como será o modus operandi nas cidades de maior eleitorado do estado.
Alianças com partidos de oposição ao Governo Lula como é o caso de Parnamirim, com a candidatura de Salatiel de Souza, trocando o União Brasil pelo PL, na cidade mais bolsonarista do Estado.
Em Mossoró, o rompimento com o prefeito do União Brasil, Allysson Bezerra – ex-aliado com apoio importante em 2022 – e o anúncio de candidatura própria do PL com o vereador Genivan Vale.
Em São Gonçalo do Amarante, o PL de Rogério é liderado pela deputada estadual Terezinha Maia, que apoia o secretário do Governo do PT, Jaime Calado(PSD).
Lá, diga-se, o outro lado é PT raiz com a candidatura do prefeito Eraldo Paiva, com apoio de da governadora Fátima, do presidente e cia…
Em Natal, o PL contrariou parte da bancada e recuou de candidatura própria para apoiar o nome do deputado federal Paulinho Freire, do União Brasil.
Na capital, a tentativa de aposta na polarização com o PT da também deputada Natália Bonavides para chegar ao segundo turno com o favorito Carlos Eduardo, do PSD de Jaime.
Estratégias locais para um pleito … local.
Tudo isso para chegar onde, a qual conclusão ou raciocínio ?
A resposta que não se pode encontrar na força da polarização simplesmente e radicalismo Bolsonaro X Lula .
Como bem já declarou Marinho e seus atos confirmam “as eleições municipais são diferentes”.
Os critérios parecem ir além da coerência partidária, é uma questão de tática de ocupação.
E para isso vale uma velha máxima futebolística, uma seara, aliás, que o senador potiguar já conheceu com propriedad: “time que não joga, não tem torcida”.
Mesmo que seja para perder…