O poder do Secretário-Geral do PL, entenda.
O senador licenciado Rogério Marinho (PL), gosta de ocupar cargos de status que ganham destaque, holofotes e notoriedade a nível local, regional e nacional (confira sua biografia disponível em: https://www.camara.leg.br/deputados/141535/biografia).
A base política do Senador licenciado Marinho, dentre as atividades sindicais representativas de classe associativas e conselhos, fez-se presente em Movimento Estudantil Secundarista, Atheneu, 1982 – 1983; Movimento Estudantil Universitário, Faculdade Unificada para o Ensino das Ciências – Centro Acadêmico e Diretório Central dos Estudantes, 1988 – 1991. Foi na década de 80 e 90 que os partidos de esquerda e centro-esquerda ganharam notoriedade a nível nacional.
A carreira política partidária de Marinho, iniciou com mandato de Vereador por Natal-RN pelo partido PSB (2001 a 2003), depois chegou a Câmara dos Deputado e já foi sentando no cargo de Vice-Líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRB (2007-2008), Vice-Líder do PSDB (2010, 2011, 2012, 2016, 2017 e 2018, Vice-Líder da Minoria (2016), Vice-Líder, PSDB (2018 e 2019).
Em 2020, não conseguiu a reeleição para deputado federal pelo RN, porém, com trânsito, influência e por ter ocupado importantes cargos políticos em Brasília, conseguiu ser alçado ao primeiro escalão do governo Bolsonaro (PSL).
De quem terá sido a indicação?
É possível que o desejo de ser governador do RN surgiu quando assumiu o Ministério do Desenvolvimento Regional-MDR. Em Brasília, todos sabem, quem ocupa o MDR, normalmente vira governador de estado, só olhar a galeria dos ex ministros.
Surgiu o convite para concorrer a uma única vaga para o senado federal pelo PL-RN, não pensou duas vezes, viu o cavalo selado disparou para retirar um forte concorrente pela frente, seu colega ministro das comunicações Fábio Faria (outro centro-esquerda) e, conseguiu a vitória, conquistando a vaga de senador pelo RN. Achou pouco, viu a brecha e brigou pela presidência do senado, perdeu a disputa, mas ganhou o consolo de ser líder da oposição no senado federal.
Cresceu os olhos, viu a oportunidade e abocanhou a presidência estadual do PL-RN, assumindo a “chave do cofre” cheio de milhões de reais do fundo partidário para ser usado em 2024 e 2026.
Por fim, com fome insaciável (característico da esquerda) e das velhas raposas da política brasileira, conseguiu chegar à cúpula do partido do fundo bilionário do PL, ocupando o cargo de Secretário-Geral do Partido Liberal, no mês passado, 16 de julho de 2024.
O presente de “pai” dado nas mãos do senador Rogério Marinho pelo presidente Valdemar da Costa Neto só demonstra a confiança mútua de velhos companheiros. Dessa forma, Marinho se tornou praticamente uma espécie de número dois da legenda PL. Mas o que diz o estatuto sobre o Secretário-Geral do PL? o artigo Art. 23.
“As atribuições de cada membro da Comissão Executiva serão fixadas por seu Presidente, ad referendum do respectivo órgão executivo. Parágrafo único. A Comissão Executiva, dentro de sua respectiva circunscrição, por sua maioria absoluta, poderá delegar ao Secretário-Geral, todos os poderes necessários à administração partidária”. O Art. 38, diz “As contas bancárias do Partido serão movimentadas por meio das assinaturas do Presidente do respectivo órgão de execução ou do Secretário-Geral, sempre em conjunto com o Tesoureiro”. O inciso § 2º A Comissão Executiva dentro de sua respectiva circunscrição, por sua maioria absoluta, poderá autorizar o Presidente a delegar ao Secretário-Geral, desde que lavrada a Ata da Comissão Executiva respectiva, todos os poderes necessários à administração partidária”.
A ausência de Rogério Marinho será sentida nas campanhas dos municípios do RN, tendo em vista a vasta agenda de compromissos pelo Brasil a frente do PL. Será que houve mudança de plano? Será que desistiu de ser candidato ao governo em 2026 para andar o Brasil para se viabilizar como o reserva preferencial para substituir Bolsonaro? Registre-se aqui, Marinho quer mais e mais, tem fome e sede pelo poder, já estamos alertando desde já o perfil da direita permitida de centro-esquerda do RN para o Brasil.
Não faz o mínimo sentido, dar a Marinho tanto poder e visibilidade nacional sem ter na cartola o plano B, é possível que Marinho seja o escolhido de Costa Neto, a velha carta na manga. Velhos amigos das antiga.
O secretário-geral normalmente percorre o Brasil para acompanhar as campanhas eleitorais, reunir-se com os presidentes estaduais e lideranças importantes, representar o presidente da sigla PL, realizar articulações que fortaleçam o partido, tantos outros compromissos inerentes ao cargo, inclusive o destino do dinheiro do fundo partidário, toda gastança do dinheiro público, o chamado fundo partidário passará pela mão de Marinho.
Pense num poder que foi ou poderá ser conferido ao senador Marinho! Tudo isso, não chega de graça, tem um preço, acordo de velhos cavalheiros, velhos morcegos do “Continental Hotel”. Fica a dica!!!