O deputado federal Sargento Gonçalves (PL) afirmou que deverá ficar neutro na disputa pela Prefeitura de Parnamirim, apesar de o PL ter a candidatura própria de Salatiel de Souza na cidade.
Em entrevista à 98 FM na noite desta segunda-feira 12, Gonçalves voltou a dizer que não concorda com o rumo tomado pelo PL na cidade, apesar de o líder estadual da sigla, Rogério Marinho, ter aval do ex-presidente Jair Bolsonaro para ter tomado a decisão.
Deputado federal Sargento Gonçalves não deverá seguir orientação do PL em Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante
“O PL tem um candidato lá, que eu discordo, pelo histórico criminal. Tem uma condenação por corrupção. Seria incoerente eu estar no palanque de Salatiel, com todo respeito à pessoa dele”, declarou o deputado federal.
Apesar disso, Sargento Gonçalves declarou que não vai subir no principal palanque da oposição, encabeçado pela candidata Professora Nilda (Solidariedade).
“Para mim, é constrangedor. Não queria estar tratando, expondo. Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Mas eu não estou tratando de salvação do homem não. Estou tratando do apoio político. Eu discordei. Bota um candidato que traz uma dificuldade para a gente”, afirmou Gonçalves.
Gonçalves acrescentou que a figura de Salatiel de Souza “diverge” da de Jair Bolsonaro. O deputado disse, inclusive, ter exposto o histórico do candidato ao ex-presidente durante uma reunião na semana passada da qual Rogério Marinho também teria participado.
“Rogério quis justificar, explicar que Salatiel não é um ‘descondenado’ como Lula, porque cumpriu a pena. E que não existe prisão perpétua no Brasil. Compreendo isso, mas para mim é uma decisão política. É pesado e não estou disposto a defender alguém justificando porque ele já cumpriu a pena”, disse.
Segundo Gonçalves, o ex-presidente compreendeu a decisão.
“A maior defesa que temos feito, em um ano e meio do mandato, é o direito à liberdade, à defesa da nossa liberdade. Aqui não é um burro, um jumento, para estar com uma cangalha e não olhar para os lados. Eu tenho direito de pensar, de raciocinar. Meu voto é livre. O voto é meu. Eu devo satisfação ao meu eleitor”, emendou.