Do site políticando Parnamirim
O vereador Vava Azevedo tem enfrentado um crescente descontentamento por parte da classe evangélica no Rio Grande do Norte. O descontentamento se acentuou com a instalação de um gabinete com propaganda em frente a um templo, ação que foi vista como uma provocação por muitos membros da comunidade religiosa. Recentemente, Vava convocou líderes evangélicos para solicitar apoio à sua candidatura, e o que deveria ser uma reunião amigável se transformou em um novo capítulo de polêmica quando pastores, incluindo o renomado pastor da Assembleias de Deus, foram convocados para declarar apoio ao vereador.
A situação se torna ainda mais complicada quando se considera as diretrizes publicadas pela CEMADERN (Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte). As orientações recomendam que os líderes evangélicos evitem manifestar publicamente apoio a candidatos políticos, a fim de não descontentar membros da congregação que possam apoiar outras candidaturas. Além disso, as recomendações proíbem a distribuição de material de campanha em áreas da igreja e o uso do púlpito para promover políticos, tudo isso visando preservar a integridade e a unidade da igreja em um ano eleitoral.
O pastor Martin Alves, ao emitir as recomendações, deixou claro que a intenção é evitar qualquer tipo de associação que possa comprometer a imagem da Igreja Assembleia de Deus e gerar divisões entre os fiéis. A postura do vereador Vava Azevedo, ao reunir pastores para obter apoio e ao utilizar no vídeo e durante a reunião o nome do Pr. Presidente Martin Alves, foi vista como uma violação direta dessas diretrizes, provocando reações negativas entre os membros da igreja e líderes evangélicos. A falta de alinhamento entre as ações do vereador e as orientações da CEMADERN tem gerado um clima de tensão e desconfiança.
As recomendações da CEMADERN estabelecem que os líderes da igreja não devem aceitar patrocínios de políticos, especialmente em períodos eleitorais, para evitar a percepção de compra de votos e comprometimento da instituição. Essa é uma questão que ressalta a importância de manter a separação entre a política e a espiritualidade, algo que muitos líderes evangélicos defendem como fundamental para a integridade da fé.
A expectativa é que os líderes evangélicos se mantenham firmes em sua posição, evitando qualquer ação que possa comprometer os princípios cristãos e a unidade da igreja. Assim, o descontentamento com Vava Azevedo pode ser um indicativo do que está por vir nas eleições, refletindo uma luta pela preservação da integridade espiritual diante da política.