
O ex-senador José Agripino Maia e o prefeito de Natal, Paulinho Freire, se encontram em uma encruzilhada política no Rio Grande do Norte. Agripino, uma das principais lideranças do União Brasil, partido que, no plano nacional, mantém estreitas relações com o governo Lula, tendo dois ministros no atual governo federal. E o dilema vai além: como Paulinho Freire, que teve apoio do União Brasil na sua vitória à prefeitura de Natal, pode continuar no partido quando este mantém aliança com um governo do qual ele, como nome da direita, se distancia ideologicamente?
A situação se complica ainda mais com a presença de Rogério Marinho, presidente do PL no Rio Grande do Norte, que se coloca como candidato ao governo. A pergunta que surge é inevitável: como o União Brasil, alinhado ao governo Lula, pode apoiar Marinho, que é um nome da direita e se posiciona contra as políticas do governo federal? Essa contradição torna ainda mais difícil a manutenção de uma aliança sólida e coerente entre os principais nomes da política do RN, especialmente quando se considera o cenário de alianças nacionais e a busca por protagonismo no estado.