
Fátima, Walter, Allyson e Zenaide: a janela que foi aberta em Mossoró
Jogado às traças pela direita no Rio Grande do Norte, ignorado pelo grupo comandado pelo senador Rogério Marinho, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, vive mais uma vez o momento ‘menino pobrezinho’, como foi identificado pela então prefeita Rosalba Ciarlini.
A resposta ao ataque foi dada pela população que deu a Allyson a vitória que ninguém imaginava, imprimindo ao tradicional rosadismo mossoroense, uma derrota histórica em 2020, repetida em 2024 com a reeleição do prefeito que obteve quase 80% dos votos do eleitorado.
A soberba da direita, que faz até mesmo quem se diz apoiador de Allyson, bradar nas varandas chiques do verão potiguar, que ‘a vez dele não chegou, que ele é muito jovem e tem tempo pela frente”, está fazendo surgir no estado uma união até pouco tempo inimaginável.
Há poucos dias escrevi aqui sobre a união do presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira com o vice-governador Walter Alves, ressaltando que, como aconteceu em 2022, eles seguirão juntos em 2026, “em um barco que pode caber o inimaginável”.
O inimaginável pode ser exatamente o ‘menino pobrezinho’ de Rosalba Ciarlini, o ‘jovem sem experiência’ como está sendo tachado pela direita.
Uma possível união que vinha sendo discutida a sete chaves, ganhou as páginas com a chegada da governadora a Mossoró ao lado do seu vice Walter Alves e do ministro Jader Filho, “parça” de Walter desde sempre.
Na cidade para inaugurar um projeto de moradias populares, Fátima e Walter circularam com Allyson incomodando a direita que não aposta – ou não vinha apostando – um real no prefeito de Mossoró.
Diferente de outras vezes que foi a Mossoró sem ter contato com Allyson, dessa vez Fátima até puxou o prefeito ali para mais perto…
A inauguração em Mossoró foi um passo dado, que ainda carece de muitas conversas e articulações.
Hoje Allyson, no União Brasil de Agripino e Paulinho Freire, é alinhado com o PSD da senadora Zenaide, e é apontado como pré-candidato a governador.
Walter Alves, do MDB, como vice de Fátima é um nome natural para ser o cabeça de chapa, pela posição que ocupa.
Mas ninguém ganha eleição sem juntar, e isso, se a união for par prosperar, eles terão que conversar muito.
Porque nessa janela aberta em Mossoró, cabe tudo.
FONTE: thaisagalvao.com.br