
Rombo de R$ 300 milhões em Parnamirim levará dois anos e meio para ser quitada, diz Kelps
Este é o tempo estimado pelo secretário de Finanças e Planejamento para o pagamento das dívidas da gestão anterior
O secretário de Finanças e Planejamento de Parnamirim, Kelps Lima, afirmou que o rombo deixado pela gestão do ex-prefeito Rosano Taveira (Republicanos) deve levar pelo menos dois anos e meio para ser quitado. Em entrevista à 96 FM, ele detalhou o cenário financeiro encontrado na Prefeitura do terceiro maior município do RN e listou os problemas enfrentados pela gestão da prefeita Nilda Cruz (SDD) para colocar as contas em dia.
Segundo ele, a dívida acumulada pela administração passada chega a cerca de R$ 300 milhões. “É difícil ter o número exato porque todo dia,aparece um débito novo”. Kelps disse que muitas despesas da gestão Taveira não foram devidamente empenhadas, o que tem dificultado o mapeamento completo dos débitos e “gera prejuízos no planejamento e na execução orçamentária”.
Kelps: “Estamos focados em gestão, sem aumentar impostos e com austeridade fiscal”. | Foto: ALRN
O secretário frisou que, entre os débitos identificados, estão R$ 52 milhões em despesas liquidadas e não pagas, R$ 70 milhões em despesas empenhadas e não liquidadas, R$ 84 milhões em obrigações financeiras e R$ 69 milhões em empréstimos. “A dívida consolidada líquida soma R$ 105 milhões”, disse.
Ele revelou que a Prefeitura chegou a ter contas de energia elétrica prestes a serem cortadas em janeiro passado, por falta de pagamento, e que os salários de quase dois mil funcionários terceirizados estavam atrasados há vários meses. “Cooperativas médicas não receberam de outubro a janeiro e o INSS dos meses de novembro e dezembro também não foi pago”, lamentou.
A situação crítica obrigou a gestão atual a adotar um plano de recuperação financeira baseado em austeridade e cortes de despesas. Kelps explicou que a prioridade é estabilizar as contas da Prefeitura, garantindo o pagamento em dia dos fornecedores atuais e quitando progressivamente os débitos antigos. “Nosso objetivo é que, em 12 meses, os fornecedores recebam todos os pagamentos em dia e mais um mês