A Maternidade Divino, infelizmente, virou palco político nessa atual gestão da professora Nilda Cruz. Os vereadores Gabriel César, Thiago Fernandes e Jonas Godeiro propuseram uma audiência pública para discutir a negligência e a falta de atenção no atendimento e nos cuidados prestados pelos profissionais de saúde durante procedimentos médicos e ambulatoriais na unidade.
Durante a audiência, o que chamou atenção foi sobre o relato de uma mãe que segundo ela sofreu negligência médica e que chegou a perder seu bebê em 2016 e que somente agora teve voz para expor suas dores e sua perda nessa audiência pública realizada na noite dessa segunda- feira 31 março de 2025.
Bastante emocionada, ela descarregou sua angústia e perda ao recém secretário de Saúde @rogeriorgurgel que está há três meses exercendo sua função.
Então, essa situação sobre a precariedade na maternidade Divino Amor não é de hoje. A saúde pública brasileira é um verdadeiro caos.
Relato da mãe Dinayse Andressa, ficou internada por 11 dias com perda de líquido antes de receber alta. Ao retornar com dores, foi informada que seu bebê estava morto. “Fui maltratada e peço justiça”
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Já a operadora de caixa Karolaine Soares disse que procurou atendimento com a barriga enrijecida, mas não teve acesso à ultrassonografia de urgência. Após um exame de toque, começou a sangrar e foi medicada apenas com dipirona. No dia seguinte, teve uma hemorragia e, ao ser levada ao hospital, passou por uma cesárea de urgência, mas sua filha já estava sem vida.
Ana Karina, enfermeira obstetra da Maternidade Divino Amor.
De início, solidarizou-se com as mães.
Que mortes fetais tem a ver, de certa forma, com as comorbidades que as mães. Que a mãe Caroline falou que estava com infecção urinária. Que as mamães vem de um pré Natal, inúmeros procedimentos anteriores. A médica falou o seguinte:
“Que o nosso pré Natal tem que trabalhar com estratificação de risco.
Muitas vezes chegam pacientes no plantão, apresentando comorbidades.
A enfermeira é desta Maternidade e está lá há 28 anos e que é preciso conhecer a verdade dos fatos. Existe também a questão da tromboclia.
Que existem protocolos que são baseados em evidências cientificas.”
A Doutora Kivia, convocada, falou das dificuldades estruturais que passam as equipes técnicas de saúde, desde longo tempo.
Na verdade, para falar sobre a questão da Saúde, especialmente, no trabalho nos hospitais, maternidades, exige conhecimento da situação.
A Doutora Julia também destacou as estatísticas, desde 2017 até 2024, que as taxas de mortalidade fetais são, em Parnamirim, menores da região Nordeste.
Ao que parece, e isso é lamentável, é que a oposição está usando o caso para politizar a situação, buscando antecipadamente culpados e, o que é pior, tornando vilões profissionais de saúde, maioria de efetivos de longa data, causando um certo sensacionalismo.
O Secretário de Saúde, @rogeriorgurgel lamentou as mortes, inclusive destacando que todas as vidas importam. Se solidarizou com as mães e informou que as mortes também tem preocupado todas as equipes de Saúde. Que é preciso investigar e ouvir as equipes. Que a audiência pública não é um julgamento, mas uma oportunidade de se ouvir as pessoas envolvidas, dentre outros profissionais. Que a Maternidade é uma das melhores do país.
A vereadora @vereadorarhalessarn em sua fala na audiência pública sobre possível negligência na maternidade Divino Amor disse que a problemática da instituição de saúde não é decorrente de hoje.
Ela disse que a atual gestão está de portas abertas para acolher a população e que certamente essa situação será apurada e que essa audiência pública não é um Júri Popular e sim chegar ao consenso. A vereadora disse que respeita as dores que as mães estão passando e que a maternidade está apurando todos os detalhes