Federação entre União e PP está “bem encaminhada”, mas ainda sem 100% de acerto, diz Agripino
A federação entre União Brasil e Progressistas (PP) está avançando e pode ser formalizada nos próximos dias, mas ainda não há acerto definitivo. A avaliação é do ex-senador José Agripino Maia, que participou de reunião em Brasília com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado, e demais dirigentes da legenda.
“A chance da federação ser anunciada na próxima semana existe. É certo 100%? Ainda não. Mas há uma grande chance, e o barco é o dobro”, afirmou.

Ex-senador José Agripino Maia. Foto: José Aldenir/Agora RN
A fusão entre as duas legendas, que tem sido tratada como prioridade nacional, criaria o maior partido político do Congresso Nacional. Juntos, União Brasil e PP somariam mais de 100 deputados federais e ultrapassariam a marca de 10 senadores, reunindo aproximadamente 25% da Câmara. Agripino afirmou que a federação, se confirmada, exigirá comando e diretrizes unificadas. “Não pode pensar para um lado e para o outro. Tem que ter pensamento único”, disse.
Ex-senador revela avanços nas negociações e aponta obstáculos locais como último entrave para formalização da aliança
Na prática, a formação da federação enfrenta obstáculos em alguns estados, onde os dois partidos possuem lideranças que disputam espaços semelhantes. Como exemplo, Agripino citou o Acre, onde União Brasil e PP têm seus próprios pré-candidatos ao governo estadual. Como a federação pode lançar apenas um nome por cargo majoritário, esses impasses precisam ser resolvidos antes da formalização do acordo. Apesar das dificuldades, o ex-senador disse que “a federação está bem andada” e que várias pendências foram superadas na última rodada de conversas.
Durante a mesma entrevista, concedida à TV Tropical, José Agripino elogiou a atuação do diretor do Sebrae-RN, Zeca Melo, e comentou sobre o novo projeto Feito Potiguar, que busca valorizar a produção local com selo de reconhecimento a produtos fabricados no estado. Ele comparou a ideia ao conceito de grifes de origem como “Made in Italy” e “Made in France” e defendeu que o Rio Grande do Norte pode criar sua própria marca de qualidade a partir de itens como o melão produzido em Mossoró.
“Na hora em que você coloca ‘Feito Potiguar’, você cria uma expectativa de excelência. Isso gera emprego e oportunidade”, disse. Agripino lembrou que o melão potiguar já possui certificação de origem e é hoje exportado para mercados exigentes como a China.